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Prefeitura de Itaporanga é criticada nas redes sociais por fantasiar mulher de preto; Veja Nota da Prefeitura!


A Prefeitura de Itaporanga (PB) foi alvo de críticas nessa terça-feira (21) após fantasiar uma mulher branca em comemoração ao Dia da Consciência Negra. A publicação foi feita no Instagram.


Na foto, ela aparece com rosto pintado de preto, roupa da mesma cor e peruca de black power. Conforme a legenda, a ação fez parte de uma campanha para prevenir o racismo.


Os seguidores, de imediato, criticaram a postagem. “Estão sendo racistas em plena Consciência Negra?”, questionou uma internauta. “Pessoas negras não são fantasia, gente”, escreveu outro.


Devido às críticas, a Prefeitura resolveu bloquear os comentários e manter a publicação.


O nome dado à caracterização é “blackface”, prática que consiste em pintar o rosto de uma pessoa com tinta escura para se fantasiar de negro.


Por que a prática é considerada racista?


O “blackface” é considerado racista porque se originou na ridicularizarão aos negros. Uma matéria da BBC News afirma que essa prática era usada há mais de 200 anos para entretenimento dos brancos.

Após a repercussão, a Prefeitura divulgou uma nota nesta quarta-feira (22) afirmando que a ação fez alusão ao livro infantil "Menina Bonita do Laço de Fita", de Ana Maria Machado.


Nota da Prefeitura

A Prefeitura Municipal de Itaporanga-PB, por meio da Secretaria de Assistência Social, vem por meio desta, esclarecer a toda a população que a ação contra o Racismo apresentada na data de ontem, fez alusão ao livro infantil "Menina Bonita do Laço de Fita", de Ana Maria Machado, sendo o mesmo um grande clássico da literatura infantil, premiado no Brasil e no exterior, fazendo sucesso a décadas.

Não se trata de Black Face. Algumas pessoas se atentam às imagens, sem ler o que está escrito na matéria publicada, interpretando de forma descontextualizada o verdadeiro objetivo da ação.

O livro narra a história de um Coelho branco que admirava a pele negra da Menina Bonita do laço de Fita, e queria ter uma filha igual a ela.

Os profissionais envolvidos na ação estavam devidamente caracterizados com os personagens da história. Não se trata de Black Face. Trata-se de prevenção ao Racismo, junto ao público infantil, de forma lúdica e dinâmica, como deve ser o trabalho com crianças.



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