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Após pressão, Caixa suspende cobrança por PIX de pessoa jurídica



Ministro da Casa Civil disse que conversou com a presidente Caixa Econômica; nova decisão deve ser anunciada após volta de Lula ao Brasil

A Caixa Econômica Federal vai suspender a cobrança por PIX de pessoa física após ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi dada a jornalistas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta segunda-feira (20) após almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo.  


O objetivo é que a medida, anunciada na última segunda-feira (19) pelo banco público, volte a ser discutida após a volta do presidente Lula da viagem a Europa.


“Foi pedido que suspendesse temporariamente até o presidente (Lula) estar de volta, na próxima semana. Eu conversei com a presidente da Caixa e ela me disse que todos os bancos, sem exceção, cobrança essa taxa de pessoas jurídicas. E o único banco, segundo ela, que não cobrava, era a Caixa, por uma questão técnica, de tecnologia. E resolvida essa tecnologia, ela não esperava que tivesse esse alcance e essa repercussão em acompanhar, segundo ela, todos os demais bancos”.


Rui Costa reiterou que, a partir da volta de Lula ao Brasil, será definido um novo prazo para retomar a cobrança do PIX para pessoas físicas, bem como a maneira como isso será anunciado.


O anúncio da Caixa Econômica pegou de surpresa auxiliares do governo e gerou repercussão negativa no mercado. Integrantes do Ministério da Fazenda, por exemplo, não estavam sabendo da medida.


O ruído de comunicação ocorre a menos de uma semana da reunião ministerial em que o presidente convocou os integrantes dos 37 ministérios, mais dirigentes dos bancos públicos, entre eles a Caixa Econômica. Em um dos recados endereçados aos auxiliares, o mandatário pediu nenhum novo anúncio – de modo que o objetivo é entregar e concluir o que já foi prometido. Outra dura do petista, é que o alto escalão do governo não atropele os demais ministérios e façam anúncios em conjunto, de preferência alinhado com a secretaria geral de comunicação e com a Casa Civil.


Foto: Manuel Marçal – O TEMPO