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China ameaça EUA e defende aliança com a Rússia



O secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCCh), Xi Jinping, citou nominalmente os Estados Unidos (EUA) como adversário potencial e acusou o país de estar em uma campanha de “contenção e supressão” da China. A declaração foi dada na segunda-feira 6, durante o maior evento político do país, chamado Duas Sessões, ocasião em que o ditador e o chanceler se reúnem com membros do Legislativo.


O discurso foi seguido por uma declaração ainda mais inflamada do chanceler Qin Gang, que defendeu uma aliança com a Rússia para enfrentar os americanos. “Países ocidentais, liderados pelos EUA, implementaram contenção e supressão completas da China, o que trouxe desafios sem precedentes ao desenvolvimento do país”, disse Xi Jinping. O ditador afirmou que no futuro, “os riscos e os desafios que enfrentamos só aumentarão e ficarão mais severos”.


Qin Cang substituiu Wang Yi, que virou o mais importante diplomata do país, chefiando o Escritório da Comissão de Negócios Estrangeiros do Politburo — o comitê executivo dos partidos comunistas.


O chanceler chinês disse, nesta terça-feira, 7, em entrevista coletiva, que a aliança entre China e Rússia “deu um exemplo global de relações exteriores”. O acordo foi selado durante uma visita de Putin a Pequim 20 dias antes do início da Guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022.


“Na realidade, a dita competição do lado dos EUA é uma contenção e supressão completa, um jogo de soma zero no qual você vive ou morre”, afirmou Qin Gang, remetendo ao conceito da Teoria dos Jogos, no qual a vitória de um adversário implica na derrota do outro.


“Trabalhando juntos, o mundo terá uma força motriz”, disse o chanceler Qin Gang. “Quanto mais instável o mundo, mais imperativo é para China e Rússia avançarem suas relações. A parceria estratégica certamente crescerá de força em força.”


 Foto: Divulgação/Fotos Públicas