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Saiba quem é Aloizio Mercadante(PT), futuro presidente do BNDES; "Seu Passado Não é Nada Bom"



Aloizio Mercadante (PT) toma posse hoje como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cerimônia está agendada para as 10h00, na sede da instituição, no Rio de Janeiro, e será acompanhada por Lula.


O economista e ex-ministro do governo Dilma Rousseff foi aprovado por unanimidade pelo conselho do banco para comandar a instituição. Quando seu nome foi apresentado inicialmente, houve dúvidas sobre se sua participação na campanha de Lula o impediria de assumir o cargo devido a restrições da Lei das Estatais. O petista foi coordenador do programa de governo do atual presidente durante a corrida ao Planalto e do gabinete de transição com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.


CONHEÇA UM POUCO SOBRE ELE


MERCADANTE: TRÁFICO DE INFLUÊNCIA E OBSTRUÇÃO À JUSTIÇA

Ex-líder do governo Lula no Senado, Aloizio Mercadante (PT) era ministro da Educação de Dilma até ser chamado para comandar a Casa Civil. Mas sua passagem pela pasta não deixou saudade nos petistas. Durante o período em que esteve na chefia, o ministro foi alvo de diversas reclamações, de parlamentares da base e da oposição, e até do ex-presidente Lula, que reclamava de sua falta de habilidade para o exercício do cargo. Ainda na Casa Civil, Mercadante virou alvo de inquérito no Supremo, baseado em delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, delator da Lava Jato. Segundo Pessoa, o petista participou de reunião em que foi acertada uma contribuição em caixa dois para sua campanha ao governo paulista, em 2010. Pelo acordo, conforme o delator, R$ 250 mil foram entregues oficialmente e outros R$ 250 mil sem declaração oficial. O ex-ministro nega ter praticado caixa dois.


Para tentar amenizar os atritos com o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos desafetos de Mercadante, Dilma realocou o ministro para a Educação, demitindo o professor de Ética da USP Renato Janine Ribeiro. No novo cargo, o petista foi delatado por Delcídio do Amaral. Ele é investigado por tentar obstruir as apurações da Lava Jato e por tráfico de influência. As acusações contra o ex-ministro foram reforçadas em relatório enviado pela Polícia Federal ao Supremo. No documento, a PF sugere que Mercadante, Lula e Dilma sejam denunciados criminalmente por obstrução à Justiça.


O crime de tráfico de influência é imputado ao ex-ministro devido a uma gravação feita por um assessor de Delcídio. Na conversa, Mercadante oferece ajuda ao senador, segundo o assessor, para que o ex-líder do governo não fizesse acordo de delação premiada. Entre outras coisas, o então ministro sugeria que a defesa do ex-petista buscasse alternativas, dentro do próprio Senado, para relaxar a prisão. Mercadante nega as acusações. “Os diálogos não retratam qualquer tentativa de obstrução da Justiça, mas um gesto de apoio pessoal. Nas conversas, Mercadante diz expressamente que não interferiria na estratégia jurídica de Delcídio e nem na decisão por eventual delação.”


Da Redação com Congresso em foco