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Homem tem parada cardíaca e morre após ingerir loló pensando ser água



Um homem, de 49 anos, sofreu uma parada cardíaca e morreu, nessa terça-feira (21/2), no Hospital São Francisco de Assis, na capital goiana. Identificado como Arivane Almeida de Morais, ele teria ingerido loló por engano.


A vítima foi levada ao hospital por amigos. O caso foi registrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiás (PCGO) como morte acidental.


O loló é um entorpecente produzido a partir da mistura de benzina, clorofórmio, éter e essência perfumada. De acordo com os amigos de Arivane, ele teria consumido a droga — um solvente líquido inalável —, geralmente, utilizado em latas de alumínio, sem saber.


Arivane era corretor de imóveis, com atuação no município turístico de Caldas Novas, no sul goiano.


Comoção


A morte de Arivane também causou comoção nas redes sociais. O ex-prefeito de Caldas Novas Evandro Magal (Patriota) afirmou que a Arivane era um grande amigo e pertencia a uma família da qual ele tem grande estima. “A todos a minha solidariedade!”, declarou.


A Prefeitura de Palmelo, cidade natal do corretor e onde ele será sepultado, também se pronunciou. “Nossos mais sinceros sentimentos. Que Jesus possa confortar todos os familiares e amigos”.


Conheça em detalhes essa droga "loló"


O loló também é chamado de cheirinho ou cheirinho da loló. Ele é um produto volátil, composto por clorofórmio, éter e essência perfumada; e de fabricação clandestina. Em razão da sua procedência duvidosa, pode conter outras substâncias, capazes de potencializar seus efeitos tóxicos e dificultar o tratamento, em caso de intoxicação aguda.


Ele faz parte do grupo de drogas classificadas como inalantes, uma vez que sua absorção se dá por via pulmonar, a partir da aspiração, pela boca ou nariz. Pesquisas apontam que tais drogas são mais utilizadas por meninos de rua e estudantes; e costumam ser a porta de entrada para outras substâncias.


Seus efeitos são semelhantes aos de outros inalantes, como o lança-perfume: sensações de euforia e bem-estar, e que se encerram rapidamente, convidando a pessoa a aspirar novamente a substância. Fala arrastada, andar vacilante e, em muitos casos, agressividade, também são típicos. Algumas pessoas podem manifestar alucinações, ataques de pânico, e/ou ansiedade aguda; e, em situações mais extremas, convulsões, inconsciência, coma e até mesmo morte.

Arritmia cardíaca, apatia, comprometimento das vias aéreas e sistema respiratório, problemas renais e hepáticos, irritação da pele e mucosas, lesões musculares, dificuldades de locomoção; além de apatia e problemas de memória, em virtude da destruição significativa de neurônios; são os riscos a que pessoas que usam a droga frequentemente estão sujeitas.


O usuário crônico apresenta comportamento típico da dependência, como o desejo de usar a droga a todo o momento e perda de interesse por atividades que outrora eram interessantes. A interrupção abrupta do uso provoca ansiedade, tremores e insônia: sintomas típicos da crise de abstinência.(Por: Mariana Araguaia)


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