Plantão

Flávio Dino sabia dos riscos das manifestações e não agiu; veja documento que comprova



Em ofício enviado a Ibaneis na véspera do 8 de janeiro, ministro da Justiça e da Segurança Pública cita o risco de ações hostis e danos às sedes dos Poderes

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, estava ciente do risco de ações hostis e danos às sedes dos Três Poderes por parte dos manifestantes que tomaram a Esplanada dos Ministérios, no domingo 8.

Em ofício enviado na véspera ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o ministro disse que havia sido informado pela Polícia Federal da “intensa movimentação de pessoas que, inconformadas com o resultado das Eleições 2022″, organizavam “caravanas de ônibus se deslocarem até Brasília/DF”.

“Segundo relatado, o referido movimento teria a intenção de promover ações hostis e danos contra os prédios públicos dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos como o Tribunal Superior eleitoral”, diz no documento.

Diante dos informes da PF, Dino pediu a Ibaneis que bloqueasse a “circulação de ônibus de turismo no perímetro compreendido entre a torre de TV e a Praça dos Três Poderes nos dias 8 e 9 de janeiro” e ressaltou que sua pasta permaneceria “monitorando o referido movimento”, encontrando-se “à disposição para emprego imediato em caso de necessidade”.

Ofício 48 MJ_edit2

A assessoria de Dino foi procurada pela reportagem, mas ainda não retornou. O site está aberto para manifestação.


O Antagonista