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Cresce lista de milicianos ligados à ministra do Turismo de Lula; Ela repassou R$ 364 mil a ex-beneficiária do Auxílio Emergencial



O escândalo sobre o envolvimento da ministra do Turismo do governo Lula, Daniela Carneiro, com milicianos que controlam a cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ganhou um novo capítulo.


Na noite da sexta-feira 6, o Jornal Nacional informou que a ministra, conhecida como Daniela do Waguinho, por ser mulher do prefeito de Belford Roxo, recebeu apoio, na campanha eleitoral, de outros dois réus por integrar milícias.


Um deles é Eduardo Araújo, vereador e secretário de Energia Sustentável de Belford Roxo. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), Araújo era responsável por garantir que integrantes da milícia não fossem presos. O secretário participou de várias carreatas, durante a campanha que a elegeu como deputada federal pelo União Brasil, na eleição de 2022.


Já Cristiano de Oliveira Gouveia, conhecido como Babu, de acordo com o MP-RJ, é responsável por garantir alianças entre milicianos e uma facção criminosa que abastece o crime em Queimados, também na Baixada Fluminense.


Babu chegou a ser absolvido na primeira instância e o MP-RJ recorreu. Ele participou de várias ações de campanha que pediam votos para Daniela. Além das alianças com milicianos, a ministra Daniela Carneiro também garantiu votos através do marido, o prefeito Waguinho, conforme o JN.


Engrossa a lista de denúncias contra a ministra do Turismo

Outra investigação do MP-RJ apura se a demissão em massa de cinco mil funcionários da prefeitura de Belford Roxo, vai paralisar os serviços da cidade. 


Os funcionários, de cargos comissionados ou contratados no ano passado, foram demitidos no último dia de 2022. Eles disseram, em denúncia à Rede Globo, que eram obrigados a fazer jornada dupla para ajudar nas campanhas de Daniela e do deputado estadual Márcio Canella (União Brasil).


Fazer fotos para postar nos status de redes sociais e bater o ponto de saída apenas depois de as reuniões de campanha terminarem estavam entre as exigências que foram atribuídas às funções deles, de acordo com a denúncia.


Apenas médicos, dentistas e servidores da saúde ou emergência não foram demitidos. Um grupo de ex-funcionários chegou a fazer um protesto em frente a prefeitura de Belford Roxo, após a demissão em massa.


Dois dias depois das exonerações, um processo seletivo para dez mil vagas nas áreas da Saúde e Educação foi aberto no município.


A prefeitura de Belford Roxo negou ter coagido os funcionários a participar das campanhas eleitorais. E disse que as demissões foram motivadas por uma reestruturação administrativa. (Revista Oeste)


A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, contratou a empresa de uma ex-beneficiária do auxílio emergencial para atender ao seu gabinete na Câmara dos Deputados e sua campanha na disputa à eleição. No total, Daniela pagou R$ 364 mil para a CACB Soares Coutinho Transportes LTDA, informou o jornal O Estado de S. Paulo, neste domingo, 8.


A contratação foi para os serviços de locação de automóveis de passeio, vans, minitrios e um caminhão. A empresa está no nome de Ana Paula da Silva Soares Figueiredo e registrada em Belford Roxo, base eleitoral da ministra e do marido, o prefeito Wagner Carneiro (União Brasil), o Waguinho.


O capital social da empresa é de R$ 110 mil e a sócia foi beneficiada pelo Auxílio Emergencial, entre 2020 e 2021, durante a pandemia. Ana Paula entrou como sócia da CACB em 1º de julho de 2021, dois meses depois de receber a última parcela do benefício, no valor de R$ 250.


Um dos contratos da CABC com a campanha foi fechado em 1º de setembro do ano passado, no valor de R$ 293 mil, vindos do fundo eleitoral. Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral, Daniela registrou o aluguel de 21 automóveis.