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Confira os futuros ministros de Lula que serão anunciados nesta sexta-feira; Alguns deles estão envolvidos em corrupção



Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve começar a anunciar os futuros ministros do próximo governo nesta sexta-feira(09), em uma entrevista coletiva marcada pela equipe dele.


Estão cotados Fernando Haddad, para a Fazenda; Flávio Dino, para a Justiça; Rui Costa, para a Casa Civil; Mauro Vieira, para as Relações Exteriores; e José Múcio Monteiro, para a Defesa. Também devem ser anunciados os três comandantes das Forças Armadas: Julio Cesar Arruda, para o Exército; Marcos Olsen, para a Marinha; e Marcelo Damasceno, para a Força Aérea.


A equipe de Lula (PT), escalou para o governo de transição ex-ministros e políticos aliados do petista que já foram presos ou denunciados por corrupção. A equipe ministerial do terceiro mandato de Lula vem sendo um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.


VEJA A FICHA DE HADDAD, O FUTURO MINISTRO DE LULA

Fernando Haddad responde a 32 processos, que vão de suposto recebimento de dinheiro no âmbito da Lava Jato a denúncias por improbidade administrativa e superfaturamento de obras.


Caixa dois

A reportagem ressalta que Haddad, formado em direito pela tradicional Faculdade do Largo do São Francisco, sempre alardeou pautar sua vida pública pelo caminho da retidão. “A narrativa, como quase tudo no PT, não para em pé”, reforça a matéria. “Basta jogar uma lupa sobre sua vida pregressa para se perceber que o presidenciável petista é lobo com cútis de cordeiro. Ou seja, encontra-se tão encrencado quanto seus padrinhos políticos petistas”, diz a revista.


Segundo a IstoÉ, a Kurier Analytics, empresa de gestão de informações jurídicas, foi quem levantou, a pedido da revista, a “ficha corrida” de Haddad na Justiça e catalogou a existência de 31 processos contra o ex-prefeito, apurando o número da ação, a vara em que está ajuizada a causa e os motivos dos procedimentos.


Como desdobramento da Operação Lava Jato, o ex-prefeito é acusado, de acordo com a revista, de ter recebido, em 2013, R$ 2,6 milhões da Construtora UTC para o pagamento de uma dívida contraída junto a gráficas. O dinheiro supostamente não foi contabilizado e teria chegado ao PT por meio do doleiro Alberto Youssef, segundo delação do ex-presidente da empreiteira Ricardo Pessoa.


Como contrapartida, a Constran, do grupo UTC, teria ganho uma licitação de R$ 417 milhões promovida pelo prefeito para a construção de um terminal rodoviário em Itaquera, de acordo com denúncia do promotor Marcelo Mendroni.


Dívidas

“As contas de campanha de Haddad, na verdade, sempre foram uma espécie de caixa de Pandora do petista”, destaca a publicação. “Na campanha à reeleição para prefeito em 2016, Haddad ficou devendo R$ 2,1 milhões para o publicitário Giovane Favieri, da F5BI, em razão da locação de equipamentos de edição de vídeos”, reforça.


Segundo a IstoÉ, Favieri, investigado pela Operação Lava Jato por receber dinheiro sujo em campanhas eleitorais, inclusive para o PT, entrou na 6ª Vara Cível com ação para recolher o débito. No último dia 16 de agosto, o PT fez acordo para ele ganhar o valor em parcelas até 2020.


“O mais suspeito, contudo, é que, no último dia 25, Favieri recebeu outros – ou seriam os mesmos? – R$ 2,1 milhões oriundos do caixa da campanha presidencial de Haddad, conforme registrado no TSE, também a título de locação de equipamentos para edição de vídeos”, afirma a matéria.


VEJA A FICHA DE RUI COSTA, O FUTURO MISNITRO DE LULA


Segundo a Redacao@correio24h.com.br, o governador Rui Costa (PT) é alvo do inquérito que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de estelionato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação no casos dos respiradores que foram adquiridos pelo Consórcio Nordeste por quase R$ 50 milhões, mas nunca foram entregues. O petista baiano era, à época, presidente do consórcio e foi indiciado pela CPI que apurou o caso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. 


De acordo com reportagem publicada pela revista Veja, a compra dos respiradores “é um dos casos mais escabrosos da pandemia”. Segundo a matéria, as investigações apontam que o “negócio havia sido pensado, desde o início, para dar errado”. A prova disso, mostra a Veja, é uma nota de liquidação do empenho, equivalente a uma nota fiscal comum, em que o consórcio afirma que recebeu  em “perfeitas condições” 300 respiradores importados da China que nunca sequer existiram.


“Certificamos para fins de Direito que os materiais descritos foram entregues e por nós aceitos em perfeitas condições”, diz a nota assinada pelo secretário-executivo do Consórcio Nordeste Carlos Gabas, ex-ministro do governo da presidente Dilma Rousseff, conforme a reportagem da Veja. A transação foi feita com a Hempcare, empresa especializada na venda de produtos à base de maconha. Rui foi procurado pela matéria, mas não quis comentar o caso. 


“Inaugurou-se um modelo licitatório em que a empresa contratada não tinha experiência no objeto contratual, os valores alçam patamares milionários, vidas estão em jogo no aguardo do equipamento respiratório, recursos públicos são pagos antecipadamente, e o resultado dessa mistura de ingredientes não poderia ser outro senão o desperdício de dinheiro público e infeliz desassistência sanitária da comunidade nordestina”, resumiu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, responsável pelo caso no STJ. 


VEJA A FICHA DE FLÁVIO DINO, O FUTURO MISNITRO DE LULA


O governador Flávio Dino (PCdoB) foi citado em delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht e, por isso, foi incluído na lista de pedidos de abertura de inquérito enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da operação ‘Lava Jato’.


O ministro Edson Fachin encaminhou o pedido ao Superior Tribunal da Justiça (STJ). Segundo o delator José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, em 2010, quando era deputado federal, Flávio Dino pediu R$ 400 mil para defender na Câmara dos Deputados um projeto de lei que beneficiaria a construtora.


O projeto atribuiria segurança jurídica a investimentos do grupo Odebrecht. Num dos encontros, o então deputado também pediu ajuda para a sua campanha eleitoral ao Governo do Estado do Maranhão.


O então deputado federal, Flávio Dino, recebeu o total de R$ 400 mil, pagamento efetuado pela Odebrecht para a sua campanha ao Governo do Estado do Maranhão. A senha para receber o repasse foi entregue para o próprio parlamentar. A operação foi realizada pelo setor de operações estruturadas e registrada no sistema "Drousys".


"Trata-se de petição instaurada com lastro no termo de depoimento do colaborador José de Carvalho Filho (Termo de Depoimento n. 2), o qual relata que, no ano de 2010, participou de reuniões com o então Deputado Federal Flávio Dino, tratando de questões acerca do Projeto de Lei 2.279/2007, o qual atribuiria segurança jurídica a investimentos do Grupo Odebrecht".


Da Redação