Os ativos locais exibiram um movimento de piora na última hora de pregão, em movimento que alguns participantes do mercado atribuíram às declarações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que fez comentários sobre os preços de combustíveis e, segundo eles, indicou que pode promover alterações na política de preços da Petrobras.
Perto das 15h10, o dólar comercial operava em alta de 0,63% no segmento à vista, negociado a R$ 5,2862, enquanto o contrato mais líquido do dólar futuro, para fevereiro, registrava ganhos de 0,29%, aos R$ 5,3200. Nas mínimas do dia, a divisa americana chegou a furar a barreira dos R$ 5,20, negociada a R$ 5,1900.
Na bolsa, o movimento também foi observado. No mesmo horário citado acima, o Ibovespa caía 0,20%, aos 110.019 pontos. As ações ordinárias da Petrobras recuavam 1,02%, enquanto as preferenciais tinham perdas de 0,69%.
Em entrevista coletiva após anunciar os últimos nomes de seu ministério, Lula criticou o atual governo e afirmou que para reduzir preço da gasolina, do óleo e do gás, “a gente não precisava mexer com ICMS. Bastasse só que a mesma mão que assinou o aumento assinasse a diminuição do aumento”, afirmou.
O presidente eleito prosseguiu, afirmando que “isso vai acontecer a partir do momento que a gente montar também a diretoria da Petrobras. Ainda leva um tempo porque tem toda uma legislação que rege as empresas estatais”, afirmou.
As taxas dos juros futuros também passaram a subir, após terem operado a manhã inteira em queda. No mesmo horário citado acima, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 permanecia estável, a 13,435%; a do DI para janeiro de 2025 subia de 12,71% para 12,74%; a do DI para janeiro de 2026 operava em alta, passando de 12,65% da véspera para 12,68%; e a do DI para janeiro de 2027 oscilava de 12,675% para 12,69%.