A
vitória de Bolsonaro em 2018, para presidente da República, deixou muita gente
descontente, inclusive aqueles, que há muito tempo, ou melhor, desde a
redemocratização se vangloriavam como salvadores da pátria amada Brasil. Isso,
por se intitularem como os defensores da democracia, bem como responsáveis pela
implantação do estado democrático de direito. Estou falando do Establishment.
O Establishment, “refere-se ao
conjunto de forças presentes que possuem larga influência decisória dentro de
uma sociedade”. (ARAÚJO, 2021). Neste sentido, existe uma união entre grupos de
pessoas, que tem coincidentes interesses a serem alcançados. E para isso, cada
um usa a sua influência, a fim de convencer os demais, que não estão dentro
desta composição a abraçar os seus ideais. O problema, é que o Establishment
brasileiro, se apoderou do Estado para simplesmente tirar proveito em benefício
próprio.
Estes grupos podem ser organizações,
políticos, pessoas com poder aquisitivo muito alto, grupos midiáticos,
religiosos e instituições não governamentais. Desta forma, relacionam-se no
intuito de que seus objetivos possam ser colocados de maneira prioritária,
acima das necessidades dos grupos de menor poderio, ou seja, os que não formam
o establishment. (ARAÚJO, 2021).
Assim, a partir da vitória de
Jair Bolsonaro, estes grupos unidos, começaram a ficar preocupados, pois o
então candidato eleito não estava disposto a compartilhar com a feroz ânsia de
usurpação dos recursos públicos em benefício destas pessoas. O candidato recém-eleito,
não admitia que o establishment continuasse a ter influência na formação do seu
governo com indicações de pessoas, para a atuação nos cargos de maior
privilégio dentro da República, e continuar se beneficiando das benesses do
Estado, enquanto o povão recebia apenas as sobras, e quando sobrava.
Quem não se lembra da época do PT,
em que cada político aliado tinha o direito de indicar seus apadrinhados para
os ministérios, para os cargos de maior influência, além dos altos salários? Vou
mais além, quem não se lembra das listas tríplices “obrigatórias” para a
indicação de membros para os órgãos superiores do judiciário e Ministério
público? Coloquei a palavra obrigatória entre aspas, para comunicar que o
presidente não estava obrigado a tal lista, a não ser uma obrigação pelo acordo
firmado com os representantes do establishment. Vale lembrar, que a tal lista
era organizada pelos próprios representantes dos órgãos superiores. Alguém duvida
que não eram escolhidas pessoas de interesse deles?
E a Universidades Federais? Também
existia a lista tríplice para a escolha de seus reitores. A mídia era agraciada
com contratos publicitários de valores estrondosos. Algumas organizações não
governamentais recebiam quantias elevadas de recursos públicos. Os sindicatos
recebiam o sua parcela por meio do imposto sindical, não mais existente, que
era a cobrança de um desconto anual nos salários de todos os funcionários, o
correspondente a um dia de serviço. O funcionário teria que trabalhar um dia de
serviço e dar o pagamento ao sindicato, trabalhava um dia grátis. O MST
(movimento sem terra) tinha a garantia de que podia invadir as terras do povo, e
não sofreriam nenhuma punição.
Nos governos do PT, quase não
existia oposição, fiscalização, pois o legislativo era corrompido por meio da
corrupção, ou melhor, eram comprados com dinheiro do povo.
Ao assumir o posto de presidente da
república, Bolsonaro rompeu com o establishment, que enfurecido se uniram, para
tirá-lo a qualquer custo da cadeira de chefe maior da nação. Assim, cada
componente do establishment usaria a sua função, a influência do cargo, a
credibilidade que ora mantinha na sociedade, para buscar passar uma imagem
negativa e transformá-lo em uma ameaça a democracia, embora sem cometer nenhuma
ação, que lhe colocasse neste patamar de antidemocrático. O establishment não
aceitava ser deixado de lado, trocado pelo povão.
Nesta configuração, a maior parte da
mídia, partícipe do establishment, passou a atacá-lo sem piedade todos os dias,
inclusive criando rótulo e atribuindo ao presidente. Podemos citar como
exemplo: genocida, homofóbico, extremista, antidemocrático, racista, machista,
mesmo sem existir nenhuma ação, para a concretização dos crimes. A intenção é
denegrir a imagem de Bolsonaro. Mas quem mandou romper com o establishment?
Os “artistas” de cunho esquerdistas
raivosos com o corte de recursos da lei Rouanet, que era distribuído à exaustão
no governo petista, não se conformaram, e também se juntaram na empreitada de
denegrir a imagem de Bolsonaro junto aos seus fãs e seguidores.
A alta cúpula do judiciário, a
oligarquia política não admitia em hipótese alguma um deputadozinho do baixo
clero ter se tornado presidente da república, e ainda mais, quando não se
curvavam a todos eles. Assim, iniciaram um movimento em que o objetivo era
inviabilizar o exercício do cargo de presidente. E assim fizeram. Abandonaram a
nossa Constituição, e passaram a decidir em acordo com os interesses do
establishment. O presidente nada pode, pois sempre é impedido de exercer as
prerrogativas do cargo de presidente.
O establishment está revoltado,
odioso, pois apareceu um intruso, que o trocou pela população. O establishment
não aceita ser trocado por ninguém, assim, busca a todo custo a voltar ao
comando do país. A falta de regalias, a diminuição dos recursos levou a uma
histeria sem precedente, e o alvo precisa ser acertado, demolido, retirado do
executivo, para que se volte a comandar o país o establishment. Só tem um
problema, é que falta combinar com a população, pois certamente não vai querer
retornar ao tempo em que tudo no Brasil se resumia a corrupção.
O intruso Bolsonaro veio para
atender aos anseios da maioria da população, que estava sendo deixada de lado,
onde os valores cristãos estavam sendo afastados desta população. O Brasil
voltou a assumir a sua soberania, e não ficar preso aos ditames de Cuba,
Venezuela, Argentina. O Brasil não aceita seguir o exemplo destes países, onde
prevalece um regime autoritário, ditatorial. O Brasil precisa e clama por
liberdade, por isso vai dizer sim a Bolsonaro, pois este tem apreço à
população. Esta eleição é uma disputa entre o povão e o establishment, assim, é
preciso observar se queremos ser protagonistas ou mero cumpridor das ordens do establishment.
Você decide.
REFERÊNCIA
ARAÚJO, Felipe. Establishment. Disponível em: https://www.infoescola.com/politica/establishment/. Acessado em:
29/09/2022.