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TCU cobra dívida bilionária e "casa cai" de novo, para ex-diretor da Petrobras nos governos do PT



O Tribunal de Contas da União está cobrando a bagatela de R$ 975 milhões de reais do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, indicado ao cargo no governo do ex-presidente Lula, onde permaneceu desde o início do primeiro mandato, em 2003, até 2015, já no segundo mandato de Dilma.


A intimação encaminhada pelo TCU traz o valor e cobra explicações de Duque por supostos prejuízos causados à estatal na construção das refinarias Premium I e II (nos municípios de Bacabeiras-MA e Caucaia-CE, respectivamente), iniciadas no segundo mandato de Lula.


Segundo o TCU, a suspensão das obras causou um prejuízo de 2,7 bilhões de reais em diversos serviços que já haviam sido realizados, como a terraplanagem das áreas de construção, e em equipamentos e materiais adquiridos que acabaram se deteriorando com o abandono.


Um dos motivos da paralisação foi a falta de lisura nos processos, sob responsabilidade de Renato Duque. O ex-diretor foi um dos réus nos julgamentos iniciados a partir das investigações da Operação Lava Jato e do esquema conhecido como Petrolão.


Em março de 2015 foi preso. Condenado em seis processos, acumula pena de mais de 70 anos de prisão. Cumpriu os cinco primeiros em regime fechado e foi solto em abril de 2020, por acordos firmados em delação premiada.


Entre os crimes cometidos por Duque, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.


No processo de cobrança quase bilionário do TCU, o ex-indicado de Lula terá que se explicar e convencer, ou o valor será cobrado judicialmente.


Vale lembrar que as refinarias eram promessa de campanha de Lula e jamais fora cumpridas, tornando-se uma 'torneira aberta' de corrupção e desvios, em um projeto de perpetuação de poder.


Quem sabe, a cobrança dessa ‘simbólica quantia’ não  'ajude' Renato Duque a fazer novas revelações, afinal foi ele que, durante depoimento no tribunal, em maio de 2017, disse que o ex-presidente tinha “pleno conhecimento” e “comando” sobre o esquema de corrupção que envolvia a estatal.


O ex-diretor contou alguns detalhes de três encontros que manteve com o ex-presidente:


“Ficou claro, muito claro, que ele tinha pleno conhecimento de tudo e detinha o comando”, disse

Vale a pena rever, no vídeo abaixo:

  • JCO