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Mais uma vez a pesquisa Ipespe tenta "enfiar de goela à dentro", onde 1.000 pessoas colocam Lula, que não junta gente, na frente



Em um pais de 215 milhões de brasileiros, a pesquisa Ipespe entrevistou apenas 1.000 pessoas, colocando o ex-presidiário Lula (PT) com 44% que não consegui juntar gente, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com 32%.



Ciro Gomes (PDT) segue em terceiro, com os mesmos 8% das intenções. Logo depois vem o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) com 4%, ganhando um ponto percentual em relação à semana passada. A senadora Simone Tebet (MDB), confirmada na quarta-feira (18) como a cabeça da chapa única entre PSDB, MDB e Cidadania, também subiu um ponto percentual nesta semana, alcançando 2% das intenções de voto.



Felipe DÁvila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e José Maria Eymael (Democracia Cristã) não alcançaram 1% das citações. Já o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, não foi citado por nenhum participante.



A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 18 de maio, com 1.000 participantes de todo o país entrevistados por telefone. A margem de erro estimada é de 3,2 pontos percentuais.


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"DEMOCRACIA EM PERIGO!"


Mas não é assim. O descrédito sobre os levantamentos de intenção de votos através de pesquisas de institutos, já se reforçam com denúncias de manipulação de dados. Fraudes que colocam em xeque as estatísticas.



Até que ponto as pesquisas eleitorais são confiáveis? 



Uma pergunta que não é fácil de responder, é preciso levar em conta muitos pontos específicos para alcançar essa resposta. O certo é que entre tantos fatores o mais importante é o histórico de credibilidade do instituto responsável pelo levantamento.



Espera-se que institutos tragam consigo a confiabilidade obtida por resultados já apresentados anteriormente, que obedeça os parâmetros técnicos globais das estatísticas, além de seguir as normas eleitorais, com as quais se espera que os candidatos e contratantes estejam cientes e de acordo. Também se espera que sejam cumpridas as obrigatoriedades eleitorais, definidas em legislação que não pode ser desconhecida por uma empresa que atua neste campo. Mas isso não basta para barrar os fraudadores de intenção de voto.



Ao falar de fraude, estamos nos referindo a um ato ardiloso, feito com desejo de lesar. Mas não se trata apenas das empresas e institutos que manipulam as pesquisas. Temos neste cenário a figura do candidato que busca maquiar números para induzir eleitores e adversários ao erro –  um deboche em relação ao eleitorado que se vê alvo da tentativa de enganação. Percebe-se que alguns candidatos buscam nas pesquisas fraudulentas uma espécie de material de campanha com carimbo e “respaldo” de registro no TSE. Estes que pensam assim, se identificados como o MP promete, podem ter candidaturas impugnadas e, se condenados e eleitos, podem ter o mandato cassado.



A reflexão é simples: se optam por pesquisas fraudulentas para enganar eleitores e opinião pública, o que farão caso alcancem o êxito e saia vencedor das urnas? Veja, um candidato que maquiar estatísticas está mais próximo de manipular dados da conta pública ou atos de sua gestão. Então o que está em xeque não é só confiança das pesquisas, mas o crédito e o voto dado à candidatos que lançam mão dessa artimanha.


Da Redação com Correio Braziliense