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Ministério da Saúde fará consulta pública para decidir sobre vacinação em crianças



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado (18) que o governo federal deve realizar uma consulta pública sobre a vacinação contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos de idade antes de decidir se aprova o início da imunização para essa faixa etária.



Na última quinta-feira, a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças. No entanto, de acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde ainda vai estudar a decisão da agência reguladora e, para isso, quer ouvir “as contribuições da sociedade brasileira”.



“Nós vamos ouvir o posicionamento do CTAI (Comitê Técnico de Assessoramento de Imunizações) acerca dessa questão. Se analisa, se verifica as condições que ali se colocou em relação à implementação da vacinação, se discute todos os aspectos e, após, nós vamos colocar o posicionamento da comissão da Câmara Técnica em consulta pública, para que consigamos ter os subsídios e as contribuições da sociedade brasileira. Depois, realizaremos uma audiência pública", disse Queiroga.



Nesta sexta-feira (17), o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que o governo federal apresente, em um prazo de 48 horas, um planejamento para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. 



De acordo com o magistrado, o cronograma apresentado pelo Executivo deve permitir a vacinação de todas as crianças na faixa etária indicada até o início das aulas de 2022, no próximo semestre. Apesar da pressão, Queiroga comentou que o Ministério da Saúde analisará essa questão “com responsabilidade, mas com a celeridade devida”.



“O Ministério da Saúde tem doses de vacina suficientes para imunizar a população brasileira em todas as faixas etárias que forem contempladas e aprovadas para o Programa Nacional de Imunização. Agora, essas decisões são feitas com bases técnicas. E, a partir daí, nós conseguimos avançar com mais segurança. É isso que a sociedade brasileira quer das autoridades sanitárias”, explicou.


Augusto Fernandes, do R7