Publicações virais no Twitter e no Facebook noticiam uma suposta condenação sofrida pelo filho do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), por uso irregular de dinheiro público em uma viagem.
Em uma das publicações, que recebeu mais de 5 mil curtidas e 2 mil compartilhamentos, é afirmado que o filho do político petista gastou R$ 34 mil em “festinha com o dinheiro do povo”, e ressaltou que o Piauí é o ‘estado mais pobre da nação’.
A notícia é verdadeira. Segundo processo do Poder Judiciário do Estado do Piauí, datado de 26 de julho deste ano, Vinícius Dias, filho de Wellington, e outras duas pessoas, que faziam parte do governo estadual, com cargos de chefe de gabinete militar e de diretor de unidade de segurança, foram autuados na Lei 8.429/92, que prevê a infração de improbidade administrativa, e condenados a devolver R$ 34 mil aos cofres públicos, além da perda de função pública.
Em 2015, Vinícius usou uma aeronave para se deslocar para a cidade piauense de Cajueiro da Praia. Ele se hospedou em um resort e em uma pousada durante a viagem, que durou três dias.
Essas despesas, segundo o Ministério Público do estado, foram pagas com recurso público, e autorizadas por Francisco José de Almeida Viana e José Denilson do Rego Marques, também condenados no processo, que tinham cargos no governo estadual.
“Em razão desses fatos, o MP afirma que os requeridos praticaram ato de improbidade administrativa consistente em lesão ao patrimônio público”, afirma o juiz Aderson Antonio Brito Nogueira em sua decisão.
Segundo a defesa de Vinícius, o filho apenas acompanhou o pai, Wellington Dias, em uma viagem oficial, e que o “deslocamento não trouxe qualquer ônus aos cofres públicos”.
No entanto, o nome de Wellington Dias não consta nos relatórios de voo encontrados nas investigações.
“Conclui-se que o ato foi ilegal, por não se tratar de viagem oficial do Governador ou de seus assessores, mostrando-se desvio de finalidade, resultando em um gasto desnecessário, inapropriado, custeados pelos cofres públicos, causando, por consequência, prejuízo ao erário(...) e imoral, por se tratar de usar dos recursos da administração para custear passeios da família do Governador”, ressalta o magistrado na decisão.
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