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Bolsonaro testa negativo para covid após viagem a Nova York e deve deixar isolamento



O presidente Jair Bolsonaro testou negativo para a covid-19, informou neste domingo (26) o governo brasileiro. O mandatário estava isolado desde quarta-feira, quando retornou de sua participação na Assembleia Geral das ONU, em Nova York, após vários casos na comitiva que o acompanhou.



“O Presidente da República, Jair Bolsonaro, testou negativo para a covid-19. O exame foi realizado na manhã deste domingo [26], no Palácio da Alvorada”, escreveu a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) em nota.



O comunicado, no entanto, não especifica se o presidente retomará suas atividades normais nesta segunda-feira (27), o que é esperado se o resultado for confirmado com uma contraprova, segundo meios de comunicação locais.



Até o momento, três casos de covid foram confirmados entre os membros da delegação brasileira que viajou na semana passada para o evento na ONU, entre eles o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, que confirmou estar com a doença na sexta-feira (24).



Antes, tinham testado positivo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que permanece em quarentena em um hotel em Nova York desde a terça-feira (21), e um diplomata, que chegou antes aos Estados Unidos e foi o primeiro caso confirmado na comitiva.



Após a confirmação da infecção de Queiroga, que esteve ao lado de Bolsonaro em diversas ocasiões em Nova York, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o isolamento de 14 dias aos que tiveram contato direto com o ministro. Contudo, a Anvisa informou que uma quarentena de cinco dias seria suficiente caso houvesse um teste negativo.



Além de Bolsonaro, cerca de 50 pessoas foram colocadas em quarentena preventiva após a viagem, entre membros da comitiva e contatos próximos. Entre eles está o ministro de Justiça, Anderson Torres, que também anunciou neste domingo, através do Twitter, que seu teste deu negativo.



Bolsonaro apareceu sem máscara em diversas ocasiões durante sua estada em Nova York e, inclusive, provocou aglomeração ao cumprimentar seus seguidores.



O presidente afirma não estar vacinado contra a covid-19 e já repetiu várias vezes que será “o último” brasileiro a receber o imunizante, apesar de o Palácio do Planalto ter decretado sigilo de 100 anos sobre o seu cartão de vacinação. Após contrair o vírus em julho de 2020, Bolsonaro garantiu que os seus exames indicam que o nível de anticorpos está alto, algo que, segundo os especialistas, não exclui a necessidade de vacinação.



Nesta semana, Bolsonaro completa mil dias de mandato, em um momento no qual a sua popularidade está no pior nível desde que tomou posse em janeiro de 2019, com apenas 22% de aprovação.



Segundo a imprensa brasileira, o chefe de Estado comemorará a marca simbólica com anúncios e comparecimentos em diversos pontos do país.


Fonte: Yahoo