Apesar da existência de estudos para uma sobrevida ao auxílio emergencial, os esforços da equipe econômica estão voltados na formulação do novo programa social. A tônica das discussões é buscar uma solução definitiva, e não apresentar uma nova medida temporária. Assim como nas outras oportunidades que um substituto ao Bolsa Família foi cogitado, o projeto atual também tem como base a unificação de diversos programas sociais em uma única bandeira. O discurso de focar os trabalhos para apresentar uma medida duradoura é compartilhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O parlamentar afirmou nessa segunda-feira, 7, que não apoia a extensão do auxílio emergencial e defendeu a criação de um novo programa social antes do fim do benefício pago pelo governo aos mais vulneráveis, em julho. Segundo o parlamentar, a nova iniciativa deve ser mais ampla que o Bolsa Família e ainda respeitar a regra do teto de gastos.
A nova rodada do auxílio emergencial foi lançada em abril, com previsão de durar quatro meses e custo de R$ 44 bilhões aos cofres públicos. O programa foi reeditado em 2021 com regras diferentes do original. A nova versão tem parcelas de R$ 150 a R$ 375, e conta com aproximadamente 40 milhões de famílias cadastradas. Em 2020, o auxílio emergencial custou aproximadamente R$ 293 bilhões, com mensalidades que variaram de R$ 300 a R$ 1,2 mil, totalizando mais de 68 milhões de beneficiados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que o benefício pode ser renovado neste ano caso haja piora na pandemia do novo coronavírus.
Por Gabriel Bosa