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MPF investiga Haddad por improbidade administrativa em São Paulo

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, nesta quinta-feira (29), deu início a um inquérito para investigar o ex-candidato à Presidência da República, Fernando Hadda (PT), que enfrentou o então candidato Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição. A abertura da investigação, relativa à improbidade administrativa, englobará Haddad e seus aliados.

A investigação terá como base uma delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, investigado no âmbito da Operação Lava Jato. 

Segundo informações divulgadas pelo MPF, Pinheiro teria relatado “vantagem indevida” por pagamento de uma dívida de campanha no valor de R$ 5 milhões, quando Haddad era prefeito de São Paulo.

A medida foi tomada como uma forma de garantir a continuidade da contração da OAS pela Prefeitura de São Paulo, de acordo com o delator. O pagamento teria sido feito a pedido do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com anuência de Antônio Donato, ex-secretário de governo de Haddad e Chico Macena, tesoureiro da campanha do petista.

A assessoria de imprensa do petista negou as acusações feitas pelo delator e declarou que a principal obra com a participação da OAS em SP foi cancelada por Haddad nos primeiros dias do seu governo.

O jornalista Italo Lorenzon, durante o Boletim da Manhã desta sexta-feira (30), comentou o caso: “Não é a toa que ele não se reelegeu, né? O que torna a coisa mais cômica ainda, quando a gente ouve o [ministro] Marco Aurélio dizendo ‘votei no Haddad, porque foi um ótimo prefeito de São Paulo e achei que seria um bom presidente’. Tão bom que nem se reelegeu para a prefeitura de São Paulo”, comentou o jornalista.



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