Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o ex-ministro destacou que a Anvisa não tem laboratórios e também não divulga quais foram os responsáveis pela análise. “O principal argumento é que ela oferece risco a saúde humana, enquanto o Gamaleya nega isso. A Sputnik V é usada em 63 países, alguns fizeram estudos detalhados de consequência, ela não causa coagulação. Os argumentos técnicos são falhos e isso é reconhecido por muitos especialistas brasileiros. Se não tem argumento técnico válido, a única explicação é que houve decisão política.” Ele citou a Argentina e a Hungria como exemplos de países com tradição científica que imunizam com a vacina.
Sérgio Machado Rezende lembrou que, quando a CoronaVac foi anunciada, o Instituto Butantan pediu autorização da Anvisa para aplicação e as primeiras reações foram negativas. “Foi preciso haver uma pressão popular para que se tomasse uma decisão e ela fosse aprovada.
Segundo os diretores do Butantan, a Anvisa exigiu documentos que não exigiam para outras vacinas. Lógico que tinha uma questão política. O presidente da República disse que não queria vacina chinesa, o ministro das Relações Exteriores da época também. Havia uma questão política clara.” Ele destacou que a CoronaVac também não é aplicada nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda assim se mostra muito eficiente nos países em que é usada — inclusive no Brasil.
Jovem Pan