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Índia dá a largada à maior vacinação do planeta

Enquanto aguardava em solo, no Recife, o avião brasileiro da Azul, com seus 11 pilotos e assistentes, e as tratativas diplomáticas para a compra de 2 milhões de doses de vacina não avançavam, a Índia estava em sua própria contagem regressiva. 

O Brasil e o mundo assistirão hoje a largada da maior campanha de vacinação contra a Covid-19 do planeta.Principal fabricante do mundo de vacinas e insumos médicos, ao lado da China, a Índia promete primeiro imunizar agentes de saúde, pessoas com comorbidades e acima dos 50 anos - num total de 300 milhões de cidadãos.

Durante a semana passada, aviões de carga fizeram chegar à cidades indianas 16,5 milhões de doses de vacinas. Para se ter uma idéia do gigantismo da operação, em todo o mundo, até o momento, foram aplicadas cerca de 35 milhões de doses, segundo a Universidade de Oxford, num esforço global iniciado há 40 dias, primeiramente pelo Reino Unido.

 
Índia inicia operação de guerra para vacinar 1,4 bilhões de pessoas

Índia inicia operação de guerra para vacinar 1,4 bilhões de pessoas

EFE /EPA / DIVYAKANT SOLANKI - 16.01.2021

A operação de guerra para vacinar um dos países mais populosos do planeta - cerca de 1,4 bilhões se habitantes - é a principal esperança de retomada da normalidade da atividade econômica. Em pronunciamento em rede nacional, o primeiro ministro Narenda Modi fez um apelo para que a população confie na segurança das vacinas. Duas fórmulas obtiveram autorização para uso emergencial: a Astrazeneca/Oxford e a de fabricação indiana, da companhia Bharat Biotech.

Em outro estágio da batalha por imunização, o Brasil vive momentos de pré-definição tanto para a autorização de uso emergencial quanto para a compra governamental da vacina. Sem previsão para a decolagem para Mumbai, o avião etiquetado pelas autoridades brasileiras com dizeres nacionalistas conclamando à união decolaria nesta sexta para um destino doméstico: Manaus, levando no compartimento de carga cilindros de oxigênio hospitalar para a operação de socorro ao colapso do sistema de saúde da capital do Amazonas.


Christina Lemos Do R7