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Sobrinho mandou matar Expedito Pereira por dinheiro, diz polícia

O vereador eleito de Bayeux, na Grande João Pessoa, Ricardo Pereira (PV), mandou assassinar o tio, o ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, para ficar com dinheiro da vítima. A afirmação é da Polícia Civil, nesta quinta-feira (17), a partir das investigações que ainda estão em andamento.

Segundo a polícia, Ricardo era o gestor financeiro do tio, administrando todos os pagamentos e o dinheiro da vítima. Expedito teria vendido uma casa no valor de R$ 300 mil, tendo recebido R$ 100 mil de entrada.

A outra parte do valor, R$ 200 mil, seria paga em 50 parcelas de R$ 4 mil. De acordo com a polícia, o vereador eleito de Bayeux mandou executar o tio para ficar com esse valor mensal, entre outras quantias de bens da vítima.
Polícia aponta Leon como executor e Ricardo o mentor intelectual


Conforme as investigações, antes do dia do crime, Ricardo teria agendado um encontro com o tio em um bar da Capital, para onde também levaria um suposto vereador eleito que poderia ajudá-lo a conseguir um emprego para uma filha de Expedito. De acordo com a polícia, esse plano era uma farsa.

Expedito saiu de casa na manhã do dia 9 de dezembro para esse encontro, em Manaíra, na Capital, mas foi interceptado e morto a tiros antes de chegar ao destino. O executor seria Leon Nascimento dos Santos, que teria trabalhado com Ricardo nas eleições deste ano.

Leon e Jean Carlos Silva Nascimento, também parceiro de campanha de Ricardo, pegaram emprestado a moto usada no crime com outra pessoa, que foi ouvida, mas liberada pela polícia porque disse que desconhecia o motivo do uso do veículo. A polícia deu mais um rumo à investigação a partir desse empréstimo.

Ricardo Pereira e Leon Nascimento já estão presos. Jean Carlos está foragido. A arma usada no crime ainda não foi localizada. Através de mandados de busca e apreensão, a polícia encontrou na casa dos suspeitos documentos em nome de Expedito, notas fiscais com registro de compra de munições, entre outros papéis e anotações que ainda são analisados. “As investigações estão apenas no começo”, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (17), em João Pessoa, o delegado Vitor Melo, titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Homicídios).


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