Ayda Gezgin estava sentada na cozinha de um prédio que desabou quando as equipes de resgate chegaram, em um espaço que havia ficado intacto entre a bancada e a máquina de lavar, segundo um dos profissionais que a resgataram.
"Ouvimos uma voz, perguntamos quem estava lá e ela respondeu: 'Sou Ayda, estou bem'. Dissemos a ela: 'Espere, vamos tirá-la' e fomos até onde ela estava", disse um integrante da equipe de resgate à emissora de TV NTV.
Ele afirmou que a menina estava consciente e aparentemente sem lesões: "Nada aconteceu com ela. Ela estava sentada e esperando".
O médico Ersin Çoban, que acompanhou a menina na ambulância, garantiu à imprensa turca que a criança estava bem, não apresentava hematomas ou arranhões e que uma tomografia computadorizada confirmou que não possuía ferimentos internos.
Desde o momento em que os profissionais de resgate ouviram a menina falar até o momento em que chegaram até ela, passou cerca de 1h30, disseram os membros da equipe.
Acredita-se que sua mãe, Fidan Gezgin, ainda esteja sob escombros, enquanto seu pai, Ugur, um ex-árbitro de futebol, e seu irmão Atakan foram salvos e já estão com Ayda.
Já ontem, Ugur Gezgin havia indicado às equipes de resgate a localização de seu apartamento no primeiro andar do prédio desabado, sabendo que sua esposa e filha estavam lá dentro, e havia esperança de serem encontradas vivas.
Desde a última sexta-feira, o número de mortos no incidente já chega a 102 em Esmirna, a única província turca que registra mortes, às quais se somam duas na ilha de Samos, na Grécia.
Além disso, mil pessoas ficaram feridas e 107 foram resgatadas com vida dos escombros.
EFE