
A pandemia, porém, vem mudando esse cenário. Militares avaliam também que a postura da China no coronavírus ampliou suspeitas sobre a confiança no país e começam a defender um posicionamento semelhante ao que o Itamaraty já defende internamente: o de impor restrições à tecnologia chinesa do 5G como uma medida de segurança nacional.
Segundo fontes do governo, é preciso aguardar como os países vão se posicionar daqui em diante e deixar a decisão para o final de 2021.
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliam que o país não precisa ter pressa nessa decisão e que também é necessário aguardar uma recuperação econômica e uma melhor saúde financeira do setor privado, em especial das operadoras de telefonia que irão operar o 5G no país.
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliam que o país não precisa ter pressa nessa decisão e que também é necessário aguardar uma recuperação econômica e uma melhor saúde financeira do setor privado, em especial das operadoras de telefonia que irão operar o 5G no país.
Militares estão observando de perto a presença chinesa na América do Sul e temem que o país passe a dominar essa parte do continente. Há a leitura de que em países como Suriname e Guiana já há um controle e comando forte da China. Em outros locais, como Peru e Chile, a pressão chinesa é forte. O governo brasileiro também avalia que, por ser comandado por um presidente de esquerda, a Argentina deverá também ceder aos chineses.
Integrantes do governo sequer temem uma represália da China nos negócios com o Brasil, pois avaliam que o país oriental tem grande dependência do agronegócio brasileiro e que não poderia também tomar medidas duras. A leitura é a de que o fato de a China ser o principal parceiro comercial brasileiro não é fator suficiente para entregar a tecnologia 5G ao país. Isso porque é preciso, segundo autoridades, observar também os outros parceiros comerciais brasileiros que estão seguindo na linha defendida pelos americanos e barrando ou restringindo a China nessa questão.
CNN