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Trump ameaça Kim Jong-un após divulgação de teste norte-coreano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou neste domingo (8) o presidente da Coreia do Sul, Kim Jong-un, em declarações dadas pouco depois que o regime de Pyongyang anunciou a realização de testes relacionados ao programa de mísseis.

"Kim Jong-un é inteligente demais e tem muito a perder, tudo na verdade, se agir de maneira hostil", garantiu o líder americano através do perfil que mantém no Twitter.


Trump relembrou Kim que, em junho de 2018, em Cingapura, os dois assinaram uma declaração conjunta, em que se comprometiam a trabalhar pela completa desnuclearização da península, por isso, pediu para que não descumpra o pacto, para não prejudicar a Coreia do Norte economicamente.

"Assinou um forte acordo de desnuclearização comigo em Cingapura. Ele não quer anular a relação especial que tem com o presidente dos Estados Unidos ou interferir nas eleições presidenciais de novembro", afirmou o chefe de governo americano.

"A Coreia do Norte, sob a liderança de Kim Jong-un, tem um enorme potencial econômico, mas deve se desnuclearizar, conforme o prometido. Otan, China, Rússia, Japão e o mundo inteiro estão unidos neste tema", completou.

Neste domingo, a Coreia do Norte anunciou que realizou teste nas instalações de lançamento dos satélites de Sohae, no noroeste do país, que estão ligadas ao programa de mísseis local, segundo comunicado divulgado pela agência pública de notícias "KCNA".

A informação veio à tona um dia depois de comunicado atribuído ao embaixador permanente da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, que apontou que a desnuclearização do país está fora da mesa de negociação com os Estados Unidos.

Para o governo do país asiático, o diálogo que os EUA estão mantendo com o regime de Kim é "um truque para conseguir tempo e avançar em sua agenda política doméstica".

No sábado (7), Trump conversou com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, sobre assuntos relacionados à Coreia do Norte. Os dois concordaram que a situação é grave e que é necessário manter o diálogo para ter resultados imediatos nas negociações sobre a desnuclearização.



Da agência EFE