A PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Voo Baixo contra o tráfico internacional de drogas nesta quarta-feira (4). Objetivo da ação era desarticular uma organização responsável pelo tráfico internacional de drogas no Brasil.
Ao todo, foram expedidos 33 mandados de busca e 14 mandados de prisão temporária - 11 pessoas foram presas e as outras três estão foragidas. Cerca de 2,6 toneladas de cocaína foram apreendidas pela PF durante a operação.
Os presos foram indiciados por tráfico internacional de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Dentre os detidos está o líder da quadrilha cujo o nome não foi divulgado. A Polícia Federal revelou apenas que, originalmente, o líder da quadrilha era o sogro do atual comandante, que foi preso em uma operação em 2018 e morreu posteriormente.
A operação ocorreu nas cidades de São José do Rio Preto, São Paulo, Bauru, Americana, Rondonópolis, Governador Valadares e Araçatuba.
Após a morte do sogro, o criminoso assumiu a liderança da quadrilha ao lado de sua esposa. Ambos foram presos em São José do Rio Preto. Além do casal, outros 6 pilotos de avião e funcionários que cuidavam da parte logística e do armazenamento da droga em solo brasileiro foram presos.
Nas investigações, a Polícia Federal descobriu que 19 aviões participavam do transporte entre Bolívia e Brasil. As aeronaves tinham toda a documentação exigida pela Força Aérea Brasileira, porém não seguiam o plano de voo passado pelas cabines de voo dos aeroportos e pousavam em pistas clandestinas que ficavam nas fazendas que armazenavam as drogas.
Rota do tráfico
O transporte era feito da seguinte maneira: produtores de cocaína do Peru e Colômbia enviavam toneladas de drogas para a Bolívia. No país, era feito do transporte via aéreo para o Mato Grosso do Sul.
No estado brasileiro, a droga era armazenada em fazendas e posteriormente transportada via terrestre para o interior de São Paulo, onde o líder da quadrilha morava.
Em São José do Rio Preto, era feito a venda da droga para países europeus. 85% da carga era transportada para o Porto de Santos, onde era encaminhada para os países da Europa. Apenas 25% ficavam em solo brasileiro.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha tinha relação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) que auxiliava no transporte da droga aqui no Brasil.
Elizabeth Matravolgyi, da Agência Record