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Procuradoria denuncia marqueteiro de Dilma e Lula


A Procuradoria da República denunciou o publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006). 

Sua mulher e sócia Monica Moura também foi denunciada pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. A acusação atinge ainda o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior.

Eles são acusados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. O juiz Sérgio Moro encaminhou nesta segunda-feira, 28, o caso para o Supremo Tribunal Federal junto com as investigações sobre o "departamento da propina" da Odebrecht para que a Corte decida quais instâncias serão responsáveis por cada investigação.


João Santana, Monica Moura e Zwi Skornicki foram alvo da Operação Acarajé, 23ª etapa da Lava Jato. Eles foram presos em fevereiro por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Os dois são acusados pelo recebimento de US$ 7,5 milhões, entre 2012 e 2014, do esquema de corrupção descoberto pela Lava Jato na Petrobrás. O dinheiro foi depositado em conta secreta que Santana e a mulher mantinha na Suíça, em nome da offshore Shellbill Finance.

Os valores foram pagos pela empreiteira Odebrecht - o presidente afastado do grupo Marcelo Bahia Odebrecht anunciou a intenção de fazer delação premiada - e pelo operador de propinas Zwi Skornicki.

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou criminalmente João Santana, Monica Moura e Zwi Skornicki. A mulher e sócia do marqueteiro decidiu fazer delação premiada. Os termos da colaboração estão sendo definidos com os procuradores com a força-tarefa da Lava Jato.

Nesta segunda-feira, 28, o juiz federal Sérgio Moro enviou os autos da Acarajé e também da Operação Xepa - 26ª etapa da Lava Jato - para o Supremo Tribunal Federal (STF), por causa da apreensão da superplanilha da Odebrecht. No documento constam nomes de cerca de 300 políticos supostamente recebedores de valores da empreiteira.



Estadão