Plantão

"Os opostos se atraem!"; Lula visita Cristina Kirchner; ex-presidente da Argentina condenada por corrupção que está em prisão domiciliar


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, nesta quinta-feira (3). A ex-líder argentina está em prisão domiciliar em Buenos Aires. A reunião durou cerca de 50 minutos.


Kirchner começou a cumprir, em 17 de junho, a pena de seis anos de prisão e a proibição perpétua de ocupar cargos públicos por envolvimento em um esquema de corrupção com obras públicas durante seus governos.


A ex-chefe de Estado nega participação nas irregularidades e denuncia perseguição judicial com fins políticos.


A Justiça determinou que as visitas à ex-presidente fiquem restritas a uma lista previamente enviada ao tribunal da sua equipe de médicos, advogados e familiares do seu convívio. Outras visitas precisam ser autorizadas pelo tribunal.


Carlos Beraldi, advogado de Cristina Kirchner, havia protocolado um pedido para que Lula fosse autorizado a visitá-la.


Beraldi afirmou à CNN que o chefe de Estado brasileiro é o único autorizado para a visita, que não incluiu outras autoridades da delegação brasileira.


Lula está na Argentina para participar da Cúpula do Mercosul. O Brasil assumiu nesta quinta a Presidência rotativa do bloco.


Lula pede que Kirchner continue "luta por justiça"


Após o encontro, Lula publicou nas redes sociais que ficou feliz em "revê-la e encontrá-la tão bem, com força e gana de luta".


O petista pontuou que prestou solidariedade a Kirchner e desejou "toda a força para seguir lutando com a mesma firmeza que tem sido a marca de sua trajetória na vida e na política".


"Que fique bem e siga firme na sua luta por justiça", concluiu.


Kirchner chama visita de "ato político de solidariedade"


A ex-presidente da Argentina também se pronunciou após a visita de Lula, chamando o encontro de "ato político de solidariedade".


"Hoje recebemos em minha casa o camarada Lula, onde me encontro em prisão domiciliar por decisão de um Poder Judiciário que há muito deixou de ocultar sua subordinação política e se tornou um partido político a serviço do poder econômico", alegou Kirchner.


CNN Brasil / Foto: Ricardo Stuckert