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Bolsonaro defende reforma administrativa para remanejar recursos para 'áreas essenciais'

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, defendeu nesta sexta-feira (12), em uma rede social, uma reforma administrativa como forma de reduzir e remanejar "gastos desnecessários" e, assim, destinar mais recursos para áreas consideradas "essenciais".

"Pretendemos realizar uma reforma administrativa no governo, reduzindo e remanejando gastos desnecessários, destinando recursos para áreas essenciais, combatendo fraudes e possibilitando a melhora de programas sociais, tudo sem custo. Isso é possível com independência e nós temos!", declarou ele.


Bolsonaro avaliou que, ao combater fraudes em programas sociais, sobrarão mais recursos para "garantir maior renda aos mais necessitados". "Descentralizando recursos, estados e municípios terão maior autonomia financeira para atender as peculiaridades de suas regiões", acrescentou o candidato.

Ele disse ainda que cortará gastos desnecessários reduzindo o número de estatais e ministérios e indicando, "sem pressões de viés sindicalista, nomes técnicos e capacitados, prezando pela eficiência de cada campo".

No fim da manhã, Bolsonaro fez mais uma publicação na internet. ''Vamos combater o crime organizado e trabalhar para impedir que presos continuem controlando seus empregados de dentro dos presídios!'', afirmou.

Em outro vídeo, transmitido ao vivo, ele reafirmou ser favorável à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, mas admitiu que poderia, num primeiro momento, concordar em reduzir para 17.

“Desde 89, já tem proposta para diminuir maioridade para 16. Quem sabe passe para 17 e depois para 16?”, disse.

Ainda pelas redes sociais Bolsonaro também falou sobre aborto. Disse que, no que depender dele, "propostas para barar o aborto no Brasil terão meu veto e o dinheiro dos brasileiros não financiará ONGs que promovem esta prática".

Economia
O candidato também comentou sobre suas propostas na área econômica. Ele disse que seu governo “não será uma aventura” e que "o mercado não vai se decepcionar" com ele.

"O mercado não vai se decepcionar conosco. Concordo com 90% do que ele [Paulo Guedes] diz e ele concorda com 90% comigo. Então, está bem encaminhado esse casamento”, declarou.


Bolsonaro afirmou que fará “um grande plano de privatização, mas com muita responsabilidade" e reiterou que não irá privatizar as consideradas estratégicas.

“São 150 estatais, essas 50 criadas pelo PT vamos mandar para o espaço. As outras 50 temos que ter critério”, afirmou. E completou: “O que for estratégica não pode falar em privatizar”.

Equipe ministerial
Nesta quinta-feira (11), em entrevista à rádio CBN, Bolsonaro disse que tem 3 nomes para a sua equipe ministerial caso seja eleito: Paulo Guedes, que já havia sido anunciado, para a Economia; o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil; e o general da reserva Augusto Heleno, no Ministério da Defesa.

Bolsonaro tem afirmado que, para reduzir o atual número de ministérios (29), vai unificar algumas pastas. Ele já mencionou como exemplo a junção de Fazenda e Planejamento e a de Agricultura e Meio Ambiente.

Na manhã desta sexta, o candidato se reuniu com Lorenzoni em casa, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. O parlamentar não confirmou se recebeu o convite para ser ministro-chefe da Casa Civil num possível governo de Bolsonaro. Lorenzoni disse que, neste momento, a prioridade é a campanha eleitoral.

Havia a expectativa de que o candidato do PSL gravasse participações no horário eleitoral, mas Lorenzoni disse que Bolsonaro preferiu passar o dia descansando e lendo contribuições de apoiadores da campanha da casa dele mesmo.



Da Redação com G1