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A ditadura da toga ameaça a Constituição da República (Veja o Vídeo)

Alexandre de Moraes, feito ‘juiz’ no gabinete do corrupto Temer – isto depois de escrever em sua tese de doutorado que pessoas ocupantes de cargo de confiança do presidente de República não deveriam ser nomeados para tribunais superiores - incorpora os quatro Cavaleiros do Apocalipse: Peste, Guerra, Fome e Morte. Todos ao mesmo tempo.
Peste porque empesta o arcabouço jurídico do País.

Guerra porque ataca ferozmente a Constituição, que garante a livre circulação de notícias.
Fome porque tenta matar a cidadania carente das informações cruciais para o exercício pleno da democracia.
Morte porque, ao recriar – arbitrariamente, inconstitucionalmente – a Censura e estabelecer a DITADURA DA TOGA – tão ou mais desgraçada do que a ditadura teocrática dos aiatolás - procura matar a democracia, que não sobrevive sem o ar puro da liberdade de imprensa.
Do alto do Olimpo em que pensa residir, Moraes ‘sentenciou’ a censura a revista eletrônica Crusoé e ao site O Antagonista à pena de retirada “imediata” de matérias que comprometem seu colega (cumplice?) Dias Toffoli.
MORAES SENTENCIOU SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL.
A inversão das ações é de horrorizar qualquer estudante de Direito: Primeiro vem a sentença, que impôs a censura. Depois – só depois da sentença – é que Moraes inicia a investigação que, em uma situação de normalidade jurídica sempre visa levantar os fatos e vem, necessariamente, após a instituição do devido processo legal.
Pior, muito pior. Em condições de respeito à normalidade legal e constitucional, o devido processo legal só tem início após denúncia do Ministério Público. Mas isto foi apagado no que possa existir dentro da careca deste ministro de Temer.
Alexandre de Moraes avoca a si próprio – por todos os títulos de forma arbitrária, ilegal e inconstitucional – as funções da Polícia, do MPF e de Juiz. É um ensaio perfeito para a instalação de uma república bolivariana no Brasil.
Talvez o ditador Maduro, se vier a ter notícias do que se passa na Suprema Corte do Brasil, venha a condecorar – merecidamente, convenhamos – este ‘juiz’ de Temer.
Talvez Maduro venha a oferecer ao careca supremo a Medalha do Mérito Jurídico Bolivariano. Bastante adequada a distinção.
Mas a Nação brasileira, ao contrário de Alcolumbre e Maia – ambos com o rabo preso no STF e portando espinha dorsal de borracha – não se intimidará e não se curvará a esta impostura suprema.
Circula nas redes sociais a matéria da Crusoé, apesar da censura estabelecida inconstitucionalmente pelo Ditador Supremo do Brasil.
Eu cumpro o meu dever cidadão de dar curso àquela reportagem. Ela vai posta ao final deste texto, oferecida à cidadania, que tem o direito inalienável de saber dos fatos, mesmo que desabonadores (embora às vezes não surpreendentes) aos funcionários públicos de todas as alturas, mesmo que funcionário público togado em gabinete de presidente amigo (quando não cúmplice).
O leitor notará que o DOCUMENTO com a informação de Marcelo Odebrecht afirmando que Toffoli é o AMIGO DO AMIGO do seu pai - como consta do Departamento de Propinas de sua empresa - está lá na matéria da Crusoé. Não foi invenção nem invencionice dos redatores da matéria. Estes apenas cumpriram sua obrigação de informar, jornalista que são.
Vamos todos divulgar aquela matéria da Crusoé. Vamos encarar os que querem fazer do Brasil uma Ditadura da Toga, que a Constituição não permite.
Vamos lutar pela Constituição.
Se esta excrecência jurídica liderada por Toffoli e o abominável careca, não for jogada no lixo (que é o seu lugar próprio), vamos pôr o povo nas ruas. Se tais ações ainda não barrarem esta indecorosa manobra falsamente jurídica, estamos perdidos.
Estaremos perdidos?
Bom, resta uma última saída: As Forças Armadas.
Jamais em minha vida advoguei a quebra da Constituição.
Nem em 1964, diante da balbúrdia que visava transformar o Brasil numa Cuba, desejei uma quebra da Constituição. Mas lá as Forças Armadas evitaram o pior, aprendi com o tempo, pelo único caminho então possível.
Entre a quebra da Constituição para instituir a Ditadura da Toga e a quebra para defender a própria Constituição (que paradoxo, por Júpiter) e restituir a moralidade nos altos escalões da República, fico com a última opção.
A que ponto um democrata convicto é arrastado neste país!
Eis a matéria da Crusoé:
P. S.: Sobre este texto assista também ao vídeo, muito esclarecedor, com Augusto Nunes, Felipe Moura Brasil e José Maria Trindade:

José J. de Espíndola

Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC. Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.