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Rodrigo Maia frustra PT e partido tenta evitar isolamento com PSB e PSOL

Alvo pela terceira vez de uma ação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta garantir sua reeleição ao comando da Casa, o PT discute agora a formação de um bloco com PSB e PSOL para evitar o isolamento do partido como oposição ao governo de Jair Bolsonaro.

Até o início desta semana, petistas consideravam a possibilidade de fechar um acordo com MDB, PP e PTB para fazer frente à candidatura de Maia.


O presidente da Câmara, porém, conseguiu desfazer este que era o único bloco que poderia ameaçar sua recondução ao comando da Casa, frustrando os planos do PT.

Como informou a Folha de S.Paulo, na noite desta segunda-feira (28), Maia bateu o martelo com dirigentes do PP e do MDB -o PTB também vai se somar à articulação- e o deputado Arthur Lira (PP-AL) retirou seu nome da disputa pelo posto almejado pela terceira vez pelo democrata.

Sem opções fora do bloco de apoio a Maia, que conta com diversos partidos, o PT resolveu se voltar mais uma vez às legendas de esquerda, como PSB e PSOL, mas sem vislumbrar qualquer chance de vitória.

O PSB, por sua vez, ainda resiste em fechar aliança com os petistas, enquanto o PSOL insiste com a candidatura de Marcelo Freixo (RJ), mas se mostra disposto a negociar com a sigla do ex-presidente Lula.

Integrantes do PSOL afirmam que petistas poderiam apoiar Freixo publicamente, apesar de avaliarem que, com uma votação secreta, muitos deles devem votar, inclusive, em Maia.

A postura, portanto, serve para marcar posição e tentar garantir espaço nas comissões. Dividida pela atuação de Maia, a esquerda admite que é difícil vencer ou mesmo levar a eleição na Câmara para o segundo turno, visto que PDT e PC do B, por exemplo, estão fechados com o democrata.

“A ideia é criar um campo efetivo de oposição ao governo Bolsonaro. Uma vez fechado esse bloco tão amplo [em torno de Maia], é preciso criar uma simbologia da disputa, porque vencer, ou mesmo levar para o segundo turno, se torna difícil”, afirmou Ivan Valente (PSOL-SP).


Informações Folha de S. Paulo