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O futuro do PT e o "risco" do país crescer com Jair Bolsonaro

Com Lula correndo o risco de passar uma penca de anos na cadeia, os petistas começam a discutir, mais seriamente, outro "risco", o de Bolsonaro dar certo. 

No momento, essa última preocupação assusta bem mais. 

O preço de ter seu maior líder e presidente histórico preso, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, já foi pago com a coça sofrida nas urnas. É um jogo jogado. E a derrota já foi devidamente contabilizada.
O que enerva as cabeças pensantes do PT é a possibilidade do futuro governo Bolsonaro conseguir destravar a economia com uma agenda reformista e ultraliberal.

Acostumado nos anos de Collor, Itamar e FHC a fazer uma oposição brutal, sem brechas para condolências, o Partido dos Trabalhadores teme que o sucesso no campo econômico blinde Bolsonaro de ataques mais contundentes. 

Sempre é bom lembrar a capacidade dos petistas de colocar os interesses do partido à frente das demandas da população. Sempre tiveram método e estratégia. Durante o governo tucano, eles simplesmente tentaram obstacular todos os projetos oriundos do Palácio do Planalto, inclusive, o Plano Real, que tirou o país do inferno inflacionário.

Portanto, medo de remar contra o interesse nacional não irá barrá-los.


Mas se a agenda de Paulo Guedes surtir efeito logo no início de governo, criando os empregos que o Brasil tanto precisa, a margem de manobra para essa obstrução ensandecida ficará estreita. 

Hoje, em Nova Iorque, Fernando Haddad já deu uma pista da agonia que consome boa parte dos petistas de alto coturno. Instado a falar sobre Bolsonaro, ele foi de uma sinceridade, que deve ter causado ânsias de võmito entre as outras lideranças petistas que ainda não digeriram totalmente a sua ascensão dentro do partido.  

Segundo a Agência Estado, ele disse o seguinte:

"Temos que nos prevenir: ele vai adotar o neoliberalismo radical. Em primeiro lugar gera um fluxo de caixa muito importante e dá fôlego, com a venda de ativos estatais, o que ocorreu com o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com venda de estatais, o que bancou a sobrevalorização do câmbio por quatro anos".

E foi taxativo:"vamos ter crescimento em 4 anos porque estamos há 4 anos sem crescer e isso vai dar um respiro para o governo."

E o pior para o PT é que os 4 anos podem virar 8.


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