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Curso “O golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil” será ofertado nos câmpus de CG, Guarabira e Patos

O Departamento de Filosofia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), através do Grupo de pesquisa sobre Ensino de Filosofia e Filosofia Marxista realizará o curso de extensão “O golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil”. 

A atividade, aprovada em Reunião Departamental, será coordenada pelo professor Valmir Pereira. Serão oferecidas 40 vagas para estudantes e professores da UEPB que pretendem aprofundar a temática. 

Das 75 horas/aula previstas, 65 horas serão reservadas para a parte teórica (presencial), enquanto 10 horas serão destinadas à parte prática, que consiste na produção textual.

As inscrições podem ser feitas na Coordenação do Curso de Filosofia, no Centro de Educação (CEDUC), Câmpus de Campina Grande. As aulas começam no dia 19 de março e se estendem até 20 de junho, sendo ministradas na Central de Integração Acadêmica, as segundas e quartas-feiras, das 14h às 16h30. Professor Valmir explica que “o curso pretende trazer para o espaço acadêmico o debate sobre os acontecimentos de 2016 que culminaram no impeachment da presidenta Dilma Rousseff por meio de um golpe, bem como os antecedentes ao fato em tela. A ideia é proporcionar acesso a produção teórica de diversos autores, para além do que a grande mídia tem veiculado como apenas um processo legal e necessário”.

Tendo como colaboradores os professores da UEPB, Antonio Guedes Rangel Junior (reitor da Instituição), Gilbergues Santos, Luciano do Nascimento e Hipólito Lucena, o curso contribuirá para o desenvolvimento de habilidades e competências referentes à pesquisa, leitura e escrita, tendo como base outras fontes que difundem as notícias cotidianamente, mas que ao mesmo tempo se diferenciam da grande mídia. Fundamentada nos textos de diferentes autores e no debate acadêmico, a iniciativa visa abordar os temas com as melhores metodologias para compreensão da realidade brasileira, aprofundando as questões que hoje atentam contra a democracia e os riscos atinentes a um possível Estado autoritário.

“Pretendemos entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática, de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidenta Dilma Rousseff, bem como analisar o governo presidido por Michel Temer”, justificou o coordenador. A proposta, conforme Valmir, “é investigar o que a agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil e estudar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”.

O curso nasceu do debate entre os professores listados acima com o proponente e os colaboradores, a partir de março de 2017. A motivação maior para a envergadura dessa atividade decorre de uma disciplina ofertada pela UnB (Universidade de Brasília), proposta pelo professor Luis Felipe Miguel, com o mesmo título. Segundo os idealizadores, a UEPB está, neste momento, trazendo sua contribuição com o debate e ao mesmo tempo se solidarizando com a UnB e o professor Luis Felipe Miguel. Por outro lado, toma para si a tarefa de trazer o melhor debate, com os melhores textos sobre os temas ligados a democracia e as repercussões do golpe de 2016.

No Centro de Humanidades

“O Golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil” também será tema do curso a ser ministrado no Centro de Humanidade (CH), Câmpus III da UEPB, em Guarabira. No Câmpus III, as aulas começam no próximo dia 4 de abril. Afirmação da autonomia universitária, debate político e reflexões sobre perspectivas futuras, impulsionaram a realizarão do curso.

Para a atividade em Guarabira estão sendo disponibilizadas 80 vagas. O curso terá suas aulas ministradas sempre às quartas-feiras, das 7h30 às 10h30, no Auditório do CH. Os interessados podem efetuar a inscrição no Centro Acadêmico de Direito ou por meio do preenchimento de formulário online.

De acordo com o professor Agassiz Almeida, a proposta apresenta finalidades concordantes e oportunas para discutir a vigente conjuntura política brasileira, sendo a primeira delas defender a autonomia universitária, que, seguindo a argumentação do docente, foi recentemente exposta pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao atacar o professor Luís Felipe Miguel, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (Ipol/UnB), pelo fato de ofertar uma disciplina que tem o mesmo nome do projeto de extensão em foco.

No Centro de Humanidades, o curso teve como idealizadores os professores Agassiz Almeida Filho, José Baptista de Mello Neto e Belarmino Marino Neto, lotados, respectivamente nos Departamentos de Direito e Geografia do Centro de Humanidades (CH).

O conteúdo programático será abordado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Secção/PB) e professores de diferentes cursos do CH, além de docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Centro Brasileiro de Estudos Sociais e Políticos (CEBESP). O curso tem como público-alvo a comunidade acadêmica e todos os cidadãos que se interessarem pelo debate em questão.

Em Patos

A atividade extensionista também será realizada no Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas (CCEA), Câmpus VII da Instituição, na cidade de Patos. Em Patos, o curso será uma iniciativa da coordenação do rupo Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), com apoio da Direção do Centro. Será ministrado em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do ABC (UFABC), com aulas ministradas por professores doscCâmpus de Guarabira, Campina Grande e Patos.

Os parceiros externos participarão em seminários presenciais e também por meio das tecnologias disponíveis para webconferência. Estão sendo oferecidas 40 vagas. As aulas no Câmpus de Patos começam no dia 19 de abril e acontecerão às segundas-feiras, das 14h as 17h. As inscrições estão sendo feitas nas secretarias dos cursos que compõem o Centro. Além das aulas, seminários e oficinas, a iniciativa inovará no processo de avaliação, estimulando produtos não necessariamente textuais como vídeos, cordéis, música e teatro.

“O golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil” é aberto a alunos, professores de graduação e pós da UEPB e de outras universidades, bem como aos interessados no tema, com ou sem vínculo institucional. Com a iniciativa, a UEPB se junta à Universidade de Brasília (UnB) e à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que criaram curso semelhante com a proposta de fortalecer a autonomia universitária e abrir um amplo debate sobre o futuro da educação superior do país.


Assessoria