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Paraíba tem maior número de diagnósticos de HIV da história em 2017, diz Saúde

Paraíba registrou o maior número de diagnósticos de HIV da história em 2017, segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quinta-feira (1º). De acordo com os dados, foram 557 diagnósticos realizados no ano passado. Em 2016, foram 493, e em 2015, 356.

Segundo a gerente estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena, esse alto número representa um avanço para o estado, uma vez que quanto antes o vírus for identificado, mais fácil de evitar o desenvolvimento da Aids.


“Estamos há três anos tentando atingir a meta 90 90 90, que é diagnosticar 90% das pessoas que têm HIV, garantir que 90% dessas pessoas estejam em tratamento e, dessas, que 90% tenham a carga viral baixa. Nós conseguimos implantar o teste rápido nos 223 municípios da Paraíba, e o resultado sai em 20 minutos”, explicou.

O número de mortes por HIV ou Aids foi o menor desde 2014. Nos dois anos, foram registradas 137 mortes na Paraíba. Em 2013, foram 146 mortes.

Em relação à Aids, o número de diagnósticos caiu pelo segundo ano seguido. Foram 296 pessoas diagnosticadas em 2017, contra 390 em 2016 e 466 em 2015. Também em 2017, quatro pessoas foram diagnosticadas só depois da morte. Ao todo, foram 857 diagnósticos de HIV ou Aids no ano passado.

Ivoneide Lucena alertou para o aumento dos casos de Aids na população jovem e a importância do uso do preservativo.

“Precisamos alertar a população jovem que existe um grande risco de pegar alguma DST e/ou mesmo o HIV, uma vez que não podemos dizer apenas pela aparência de uma pessoa se ela tem ou não essas doenças. O jovem não se vê como uma pessoa que corre riscos e com essa compreensão acaba nas relações sexuais não tendo o cuidado com o uso da camisinha. Dessa forma cada dia estamos nos deparando com mais jovens de 15 a 24 anos sendo diagnosticados com HIV ou Aids aqui no estado”, disse Ivoneide.

Distribuição de preservativos

Mais de 1,5 milhão de preservativos e 100 mil sachês de gel lubrificante vão ser distribuídos pela SES da Paraíba em todo o estado no período de carnaval. O objetivo é trabalhar a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis. Além disso, vão ser distribuídos folders e material informativo para os foliões. O material é enviado para as Gerências Regionais de Saúde, que fazem a distribuição em seus municípios.

“A festa potencializa o uso de bebidas alcoólicas e aumenta as possibilidades de ‘ficar’ com outras pessoas, e é nesse momento que a vulnerabilidade aumenta e acabam fazendo sexo sem camisinha, se colocando em risco. A população jovem tem a ideia errônea que a Aids não mata, o que não é verdade”, disse a gerente.

Segundo Ivoneide, nos dias pós-carnaval muitas pessoas acabam recorrendo aos serviços de saúde em busca da Profilaxia Pós Exposição (PEP). É importante ressaltar que a PEP é um tratamento de 28 dias e não dispensa o uso do preservativo.

“Devemos frisar que a PEP deve ser iniciada até 72 horas pós-exposição ao vírus. Esse tratamento preventivo poderá ser acessado junto às pessoas que passaram por uma situação de risco com (fez sexo sem camisinha ou a camisinha estourou) ou sem permissão (estupro)”, explicou. 



G1