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Carta de estudante paraibana recebe menção honrosa em concurso internacional

Um encontro inesperado de gerações resultou em um grande reconhecimento a uma paraibana de 15 anos. 

Uma carta escrita de punho pela estudante Sabrina Brito, de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, recebeu menção honrosa na etapa mundial do Concurso Internacional de Redação de Cartas 2017, promovido pela União Postal Universal. 

A aluna, vencedora das etapas estadual e nacional do concurso, coordenadas pelos Correios, representou o Brasil na competição internacional, realizada em Berna, na Suíça, neste mês. Confira aqui a carta na íntegra. 


O tema deste ano foi 'Imagine que você é um(a) assessor(a) do novo Secretário Geral da ONU. Qual é o problema mundial que você o ajudaria a resolver em primeiro lugar e de que forma você o aconselharia para isso?'.

Na carta, Sabrina, que cursa o 1º ano do Ensino Médio na Escola Virgem de Lourdes, em Campina Grande, optou por sugerir que os esforços girem em torno de resolver o problema da educação no mundo. Em sua redação, ela pontua os problemas atuais da educação e ressalta que as diversas desigualdades que existem no planeta decorrem por conta da ausência de oportunidades iguais e, de uma maneira geral, na falta de qualidade no ensino.

“Eu acho que é preciso repensar o sistema educacional. Aqui no Brasil, por exemplo, eu percebo que os alunos se sentem mais desestimulados a estudar. Acredito que é importante ensinar de uma maneira mais interessantes, interativa, que faça o jovem refletir e construir o seu pensamento”, analisou Sabrina. 

A jovem campinense, agora reconhecida mundialmente com a sua escrita, contou que teve receio de se inscrever no concurso. Mas a força da família e da professora de redação, Ana Paula, foi primordial para que ela tivesse coragem de se inscrever no concurso.

“Em uma aula, a minha professora de redação disse à turma que havia esse concurso. Na hora eu não tinha certeza se eu queria participar. Mas algumas pessoas me encorajaram a escrever. Eu fiquei na dúvida também em qual assunto escolher, mas pensei que a educação conseguia abranger muitos dos temas que eu queria abordar, como igualdade de gênero e diferenças sociais”, explicou. 

No primeiro ano do Ensino Médio, Sabrina agora começa a pensar nas opções profissionais que pretende seguir. Apesar da menção internacional ao seu texto, a estudante, que também escreve poemas, revela que tem afinidade com outra área do conhecimento. “Eu estou em dúvidas em duas coisas. Por ironia, minha área preferida é a de exatas. Tenho pensado em fazer Engenharia ou Medicina”, finalizou.

Brasil tem tradição na competição

Esta é a quarta vez na história do concurso, realizado desde 1972, que o Brasil recebe esse reconhecimento na fase mundial. Em 2017, concorreram 1,2 milhões de alunos. O Brasil já foi o primeiro colocado em três edições e ocupa o segundo lugar em número de vitórias, atrás apenas da China, que tem cinco medalhas de ouro. Neste ano, o primeiro lugar na etapa internacional ficou com a República Togolesa, seguido da Indonésia e do Peru.



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