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Sobe para 231 número de mortos em atentado com caminhões-bomba na Somália

O atentado com dois caminhões-bomba cometido neste sábado (14) em Mogadíscio, na capital da Somália, matou pelo menos 231 pessoas e deixou 275 feridas. Segundo a Agência Efe, a imprensa local e analistas creem que o grupo jihadista Al Shabab, ligado à Al-Qaeda, está por trás do atentado. O grupo não se manifestou.

O ataque é o pior já ocorrido na história da Somália, considerando o número de mortos, que ainda pode aumentar. 

A explosão foi próxima ao Safari Hotel e a um movimentado mercado da cidade. Os hospitais estão superlotados de feridos e há falta de medicamentos e bolsas de sangue.


O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, decretou três dias de luto nacional.

De acordo com a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes.

País tem sido alvo de ataques

A Somália é um dos países que mais registram ataques terroristas no mundo. Os integrantes do grupo Al Shabab tentam derrubar o governo central apoiado pela ONU e pela União Africana. São constantes os ataques a bases militares e alvos civis.
O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Isso deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.

Em julho deste ano, o país africano apareceu na lista dos 10 países que concentram 75% dos ataques terroristas no mundo.

O estudo foi do Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Reações ao Terrorismo, um "centro de excelência" do Departamento de Segurança Interior do governo dos Estados Unidos localizado na Universidade de Maryland.
ONU
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, condenou o atentado e pediu ao país que se una contra o terrorismo.
Em comunicado, Guterres pediu "a todos os somalis que se unam à luta contra o terrorismo e o extremismo violento e trabalhem lado a lado na construção de um Estado funcional e inclusivo".



G1