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Na ALPB, Sertão perde representatividade para o litoral

Com oito suplentes de deputado estadual na titularidade do mandato, o interior da Paraíba perdeu representatividade para a Grande João Pessoa na Assembleia Legislativa.

Hoje, além dos 12 deputados que tiveram votações majoritárias em João Pessoa, cinco suplentes com atuação na cidade assumiram os mandatos- em função de licenças dos titulares com origem no interior- e aumentaram a bancada da Capital para 17.

A exceção é o deputado Jutay Menezes (PRB), que teve maior votação na Capital e abriu vaga para Emano Santos (Podemos), também da Capital. Jutay virou secretário de Juventude, Esportes e Recreação da Capital.


Eleito com expressivas votações em Campina Grande, Pocinhos e Esperança, Adriano Galdino (PSB) deixou seus eleitores do interior “órfãos” ao se licenciar para dar oportunidade ao suplente da Capital, Raoni Mendes (Democratas). Lindolfo Pires (Pros) obteve a maioria dos seus votos na cidade de Sousa nas eleições de 2014.

Os seus eleitores não chegaram a vê-lo no Parlamento neste mandato. Logo no início, ele tirou licença para contemplar o suplente da Capital, Hervázio Bezerra (PSB), que atua como líder do Governo. Lindolfo trocou sua cadeira de deputado pela de secretário de Estado  do Turismo e Desenvolvimento Econômico. Só deve retornar à Assembleia no início de abril do próximo ano.

O deputado Tovar Correia Lima (PSDB) obteve considerável parcela de sua votação nas cidades de Campina Grande e Piancó. Recentemente, resolveu tirar licença para contemplar a suplente de João pessoa, Eliza Virgínia (PSDB).

Jullys abriu vaga para Aníbal

Tovar Correia Lima virou secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Prefeitura de Campina Grande, numa articulação do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) para contemplar a suplente Eliza Virgínia, da Capital. De certa forma, ao permanecer em Campina Grande, ele está mais próximo dos seus eleitores.

No entanto, deixou outros redutos- chamados de bases- sem representação na Assembleia, até porque o eleitor dele tem um perfil que, nem de perto, se assemelha ao de Eliza Virgínia.

Jullys Roberto (PMDB) era suplente e foi contemplado com a vaga aberta em função da vitória de José Aldemir (eleito pelo PEN) para prefeito de Cajazeiras nas últimas eleições

Mas tirou uma licença recentemente para tratamento de saúde e de problemas particulares e abriu vaga para o suplente da Capital, Aníbal Marcolino (ainda no PSD). Julys deixou seus eleitores de São Bento e região sem representante no Legislativo. Em 2016, o então deputado Dinaldinho Wanderley (PSDB) se elegeu prefeito de Patos e abriu vaga para Antônio Mineral, que também atua politicamente na cidade, que não perdeu a representatividade.



Por Adelson Barbosa dos Santos