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Morre aos 65 anos o jornalista e apresentador Marcelo Rezende

Morreu, na tarde deste sábado (16), aos 65 anos, o jornalista e apresentador de TV Marcelo Rezende. 

A morte foi confirmada pela Record TV, onde Marcelo fez carreira e sucesso na apresentação do Cidade Alerta. Marcelo Rezende estava internado desde o dia 13 deste mês em um hospital de São Paulo por conta de uma pneumonia grave e câncer.

Diagnosticado com câncer no pâncreas em 14 de maio deste ano, Marcelo Rezende precisou se afastar do Cidade Alerta para iniciar o tratamento contra a doença. Porém, ele decidiu abandonar a quimioterapia e passou e se entregar a fé para vencer a doença.


No dia 13 deste mês, ele precisou ser internado em um hospital de São Paulo, com pneumonia grave e não resistiu ao quadro debilitado de saúde. 

Trajetória

Marcelo Rezende iniciou a trajetória no jornalismo em 1968, aos 17 anos, quando estagiou em um jornal voltado a cobertura esportiva de clubes do Rio de Janeiro. Na TV, Marcelo Rezende começou em 1987 e chegou ao Cidade Alerta da Record TV em 2004, onde saiu em 2005.

Porém, Marcelo Rezende retornou a Record TV em 2010, onde passou pelo Domingo Espetacular e o Repórter Record. Em 2012, Marcelo voltou a apresentar o Cidade Alerta e ganhou popularidade com os bordões ‘Corta pra mim’ e ‘Bota exclusivo minha filha, dá trabalho para fazer’.

Nota da Record TV

A Record TV informa com grande pesar o falecimento de Marcelo Rezende, neste 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, zona sul de São Paulo. Transmitimos nossas sinceras condolências ao familiares e amigos do jornalista com o qual tivemos a honra e o privilégio de trabalhar e que atuou com tanto brilhantismo em nossa programação.

O apresentador estava afastado do Cidade Alerta desde maio, quando descobriu um câncer no pâncreas e no fígado. Ele estava no comando do programa desde 2012 e ali imprimiu a sua marca, expondo os problemas de segurança pública do País com a coragem que sempre pautou sua trajetória, transformando o Cidade Alerta em um importante canal de denúncias. “Esse jornalismo que eu e alguns companheiros fazemos é o jornalismo que revela as mazelas do País”, disse ele.

Com mais de 40 de carreira, Marcelo Rezende deixa um grande legado ao jornalismo do Brasil e da Record TV. Sua trajetória foi sempre guiada pela coragem em tocar em feridas sociais. Do flagrante de abuso policial na Favela Naval, em Diadema (SP), à corrupção no futebol, passando pelos inesquecíveis depoimentos de Francisco Assis Pereira, o Maníaco do Parque, e do ex-goleiro Bruno. Rezende foi um repórter investigativo de raro talento e um apresentador polêmico que não tinha medo de expor suas opiniões. Alguns dos episódios mais marcantes de sua carreira ele narrou no livro “Corta pra Mim”, lançado em 2013 pela editora Planeta, que tornou-se rapidamente um best-seller.

Rezende iniciou sua carreira na mídia impressa, aos 17 anos, no Jornal dos Sports, em sua cidade natal, no Rio de Janeiro, e atuou como jornalista esportivo por um longo período. Atuou no jornal O Globo e em seguida na Revista Placar, da editora Abril, até que, por fim ingressou na televisão, em 1988, quando foi trabalhar no Globo Esporte. A carreira sofreu uma guinada quando foi designado para fazer reportagens investigativas. Em 1999, fez parte da equipe de criação do Linha Direta, do qual tornou-se apresentador.

Na Record TV, o jornalista apresentou o Cidade Alerta em duas ocasiões, entre 2004 e 2005, e de 2012 a 2017, além de ter comandado o Repórter Record e o quadro A Grande Reportagem, exibido pelo Domingo Espetacular. Trabalhou também na Rede TV! onde apresentou o Repórter Cidadão e o Rede TV! News. Na Band esteve a frente do Tribunal na TV.

No dia da estreia do novo Cidade Alerta, em 2012, Marcelo deu o tom do que o telespectador poderia esperar : “Nós não temos amigos, nem inimigos. Trabalhamos para o interesse público, o interesse da comunidade, o interesse da sociedade”.

Nessa nova fase do Cidade Alerta, a carreira do Marcelo também foi marcada pela inusitada interação com a equipe de jornalistas espalhada pelo Brasil. Descontração e alegria que contagiaram milhões de brasileiros e marcaram uma nova alternativa de informar os telespectadores.



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