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Dez cidades paraibanas continuam sem serviço de saque em bancos após explosões

Em pelo menos dez cidades paraibanas, os cidadãos continuam sem poder sacar dinheiro após explosões bancárias. 

De acordo com Carlos Hugo, secretário de Formação Sindical do Sindicato dos Bancários da Paraíba, algumas cidades estão há quase um ano sem contar com este tipo de serviço bancário.

Nas agências que já foram reabertas depois das explosões só são oferecidos serviços como extratos bancários, saldos, transferências, mas sem utilização de dinheiro.


“Não está sendo disponibilizado numerário nem nos caixas eletrônicos nem nos caixas das agências”, destaca Carlos Hugo, que lembra que as pessoas que precisam sacar dinheiro são obrigadas a se dirigirem a cidades vizinhas, o que aumenta o custo. “Isso é péssimo para a economia da cidade”, lamenta o secretário de Formação Sindical.

A Superintendência do Banco do Brasil, que é o maior alvo das explosões na Paraíba, informou que a demora na reabertura de todos os serviços nas agências acontece devido ao cofre. Quando as explosões afetam o cofre da agência, é necessário solicitar na Superintendência em Recife que seja feita a troca.

Atualmente Carlos Hugo enumera que as cidades de Serra Branca, Sumé, Alagoa Grande, Tacima, Araruna, Coremas, Cuité, Barra de Santa Rosa e Mogeiro não estão contando com dinheiro disponível para saque. Questionado sobre o assunto, o Banco do Brasil não informou ao ClickPB quantas e quais agências no interior do estado foram fechadas, alegando motivo de segurança.

Ana dos Santos, aposentada que mora em Alagoa Grande, precisa se deslocar todos os meses para Guarabira ou Areia para poder ter acesso ao dinheiro de sua aposentadoria. “Quem tem carro bota gasolina, quem não tem, paga passagem em ônibus ou alternativo”, afirma a aposentada, que ainda revela que o custo fica em torno de R$ 12 para cada saque. Além disso, ela ressalta “o perigo de assaltantes pegarem e pararem os carros na estrada sabendo que a pessoa vai pegar dinheiro. A gente vai com medo, pedindo a Deus que chegue em paz”.

A peregrinação de aposentados, pensionistas e pessoas que dependem do dinheiro que precisa ser sacado em agências, continua, todos os meses, para cidades vizinhas.



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