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A verdadeira história do lixo em cidade paraibana

De lixo eu entendo um pouco, pois a vida como jornalista me fez compreender como funciona as contratações e licitações de empresas junto a prefeituras. Foi neste mesmo espaço que denunciei diversas licitações com indício de fraude, praticadas na Prefeitura de João Pessoa. 

Quem não lembra da história do Gari da Emlur que agia como laranja de um suposto crime organizado para fraudar negócios que giravam em tono do lixo da Capital? Fio este colunista, neste mesmo espaço.

Observei com curiosidade todas as matérias divulgadas nesta semana em relação a Santa Rita, e chego a concussão que foram plantadas de forma tendenciosa para enganar o leitor que urge por transparência. Vivemos a sensação que todo político é ladrão, e a partir disso, para linchamento moral é um pulo.  


As mesmas pessoas que criaram a notícia, são as mesmas que vivenciaram uma Santa Rita que terminou o ano de 2016 completamente arrasada, com todas as suas unidades básicas de saúde fechadas, falta de medicamentos, veículos sucateados, vários meses de salários do funcionalismo públicos atrasados, escolas sem merendas, fornecedores sem recebimento e cofres vazios, sem falar é claro, do verdadeiro lixão que foi transformada cidade, onde por 08 meses não consecutivos não se via os serviços de limpeza de mercados, ruas e terrenos baldios.

Santa Rita tornou-se um verdadeiro lixão a céu aberto, comprometendo ao extremo a saúde da população com as mais tenebrosas mazelas disseminadas pela disposição dos dejetos por toda cidade, além da proliferação de insetos e roedores que tomavam o Município.

Panta, o atual prefeito, assumiu toda a herança deixada, obrigado a restabelecer de imediato serviços que comprometiam as vidas do povo Santaritense, se viu obrigado a contratar de maneira emergencial, já primeira semana de gestão, empresas especializadas em coleta de resíduos sólidos. Paralelamente a isso, instaurou o procedimento licitatório, que no início deste mês teve sua publicação realizada.

Entre 2013 e 2015, o pagamento mensal pelos serviços de coleta de lixo no Município de Santa Rita, girou em torno de 1,5 milhão de reais ao mês, isso em condições de normalidade, onde ainda se discutia sua qualidade e eficiência.

Embora os valores pagos pela atual Gestão estejam pouco acima deste patamar, os valores conforme os próprios documentos apresentados nas matérias veiculadas, vem decaindo mês à mês, já que existia um enorme passivo quando as empresas atuais responsáveis pela coleta iniciaram seus serviços.

O que tristemente pode-se constatar é que tais notícias talvez possuam autoria dos responsáveis por deteriorar a cidade, os mesmos que conduziram os destinos do município a derrocada constatada no mês de dezembro de 2016, conforme trazido no início deste texto.

O que não se pode desconhecer é que em menos de três meses de gestão, o atual prefeito Emerson Panta,  conseguiu reabrir 28 (vinte e oito) PSF’s, que realmente funcionam e atende a necessidade da população, forneceu fardamento escolar, pagou salários atrasados, deixou a cidade limpa, limpou o nome no município de Santa Rita, que foi deixado no CADIN, impedindo que a cidade firmasse qualquer convênio ou recebesse repasse da União.

Antes do fechamento da presente matéria, esta reportagem tentou contato com as empresas atualmente responsáveis pela limpeza de Santa Rita. A Servicol, tendo o responsável, Sr. Gilvandro Souto, disse que “a empresa possui mais de dez anos de fundação, e que locou caminhões a uma construtora, vez que os mesmos atendiam as características necessárias a prestação dos serviços, disse ainda, que a empresa é idônea e independente, com endereço conhecido, paga todos seus impostos, contribui para a economia do Município, já que emprega diretamente mais de 70 (setenta) funcionários, provedores de suas famílias e presta de forma correta e legal seus serviços a Prefeitura Municipal de Santa Rita”.  Já em relação a empresa Geo, não conseguimos contato algum.

Continuarei vigilante, do lixo ao luxo!



Por Clilson júnior