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Justiça determina recall das carnes de três frigoríficos

Três frigoríficos entre os 21 investigados na Operação Carne Fraca terão que recolher seus produtos, distribuídos a supermercados e também já vendidos a consumidores.

A determinação foi feita na quinta-feira (23) pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Em nota, as empresas Souza Ramos, Transmeat e Peccin tem até cinco dias para dar início ao recall.

O frigorífico Peccin teve suas unidades interditadas após Carne Fraca, em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba. A empresa é suspeita de uso de carne estragada em salsicha e linguiça, uso de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos.


O Souza Ramos é suspeito de substituição de matéria-prima de peru por carne de aves e troca de favores por procedimentos fiscalizatórios. Já a Transmeat, por corrupção e injeção de produtos cárneos (água na carne de frango acima do permitido).

Em nota, a Senacon informa que a determinação do recall ocorreu após o Ministério da Agricultura comunicar o resultado de sua auditoria nesses frigoríficos.

Nessas auditorias, foi constatado, segundo a nota, que o frigorífico da Souza Ramos em Colombo (PR), “não detém controle dos processos relacionados a formulação e rastreabilidade de seus produtos não garantindo a inocuidade dos produtos elaborados.” 

Sobre o frigorífico da Transmeat, que fica em Balsa Nova (PR), a auditoria do ministério apontou que “o estabelecimento não detém controle dos processos relacionados à rastreabilidade dos produtos.” 

Já em relação à unidade da Peccin de Curitiba, o ministério identificou “suspeita de risco à saúde pública ou adulteração.” 

"Diante dos fatos, em 23 de março, a Senacon determinou que Souza Ramos, Transmeat e Peccin iniciem em até 5 dias o recall das carnes provenientes dos estabelecimentos mencionados. Todos os produtos com origem naqueles estabelecimentos devem ser recolhidos, com o devido reembolso ao consumidor, daquilo que for por ele restituído aos pontos de venda”, diz a nota da Senacon.



G1