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Agevisa-PB faz alerta sobre a qualidade dos implantes dentários; veja orientações

A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa-PB) alerta a população para os cuidados que devem ser tomados com a qualidade dos produtos utilizados nos implantes dentários. 

Conforme observou a diretora-geral da agência reguladora paraibana, Maria Eunice Kehrle dos Guimarães, a implantodontia (ramo especializado no implante) é uma das atividades que mais crescem na odontologia brasileira. 

Isso exige cuidados especiais dos órgãos de proteção da saúde das pessoas, dos profissionais da área e também dos próprios usuários. 

Os cuidados, segundo a diretora-técnica de Ciência e Tecnologia Médica e correlatos da Agevisa-PB, Helena Teixeira de Lima Barbosa, devem focar especialmente os materiais utilizados, tendo em vista a possibilidade de uso de produtos pirateados ou fabricados por estabelecimentos não registrados junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Helena lembrou, por exemplo, que no dia 20 de dezembro de 2016 a Anvisa interditou uma fábrica clandestina de implantes dentários, implantes ortopédicos e de instrumental médico que funcionava no município de Valinhos (SP). O estabelecimento, segundo ela, operava sem a devida Autorização de Funcionamento da Empresa – AFE (que depende de inspeção prévia da Vigilância Sanitária), e os produtos ali fabricados não estavam registrados na Anvisa. “Como a fabricação clandestina deste tipo de produto é considerada crime, o proprietário da fábrica foi levado para prestar esclarecimentos à polícia”, observou.

Registro obrigatório

Segundo a gerente-técnica de Inspeção e Avaliação de Produtos, Equipamentos e Tecnologias Médicas da Agevisa-PB, Telma Domiciano, o implante dentário é composto pelo pino de titânio inserido no osso da boca e um outro componente no qual a prótese é cimentada ou parafusada.

“Aqueles produtos que têm registro na Anvisa passam por uma série de testes, como o de resistência, de fadiga e de esterilidade, e isso resulta em maior segurança para os usuários. Já os que não têm registro, ou os que são pirateados, devem ser desprezados, pois podem causar sérios problemas em razão da possibilidade do uso de matéria prima de qualidade inadequada e da fabricação de peças com dimensões de encaixe folgadas, o que favorece a proliferação de bactérias, levando as pessoas a perderem seus implantes e a sofrerem o risco de inflamações e infecções”, explicou.

Para evitar riscos, ela disse ser importante que os usuários peçam sempre para o dentista colocar no prontuário do paciente todos os dados dos produtos utilizados, como número da nota fiscal, nome do fornecedor, o número de registro na Anvisa e o nome do laboratório responsável pela fabricação.

Quanto aos profissionais da área, Telma observou que estes só devem comprar peças para implantes que tenham registro na Anvisa; devem procurar saber se os fabricantes têm Autorização de Funcionamento da Empresa (AFE) emitida também pela Anvisa, e devem comprar todas as peças que compõem o kit para implante que sejam provenientes do mesmo fabricante, pois a utilização de peças de fabricantes diferentes pode favorecer a ocorrência de falhas (folga) no encaixe das peças, levando à perda da prótese dentária.




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