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Homem armado atira, invade velório e faz familiares do morto como reféns, na Paraíba

Uma equipe da TV Correio HD em Campina Grande foi testemunha de uma tentativa de crime ao presenciar um homem armado invadir um velório e efetuar disparos de arma de fogo.

O bandido fez familiares e amigos do morto como refém e, segundo testemunhas, poderia assassinar uma pessoa no local. 

A repórter, o cinegrafista e o auxiliar da TV Correio que acompanhavam o velório conseguiram escapar do bandido quando a repórter pulou o muro da casa e o cinegrafista e o auxiliar correram pela rua.

De acordo com a repórter Mayara Medeiros, o velório, que acontecia no bairro da Palmeira e era de um homem morto durante uma tentativa de assalto, ainda não havia começado porque o corpo não tinha chegado na casa dos familiares.


“Eu estava entrevistando familiares da vítima quando um homem chegou em frente a casa atirando para cima e mandando todo mundo entrar. Havia muita gente no local. Eu entrei correndo e o cinegrafista junto com o auxiliar deitaram no chão. Todo mundo estava nervoso e o último a passar fechou o portão da casa. Eu corri para o quintal da casa”, contou a repórter.

Porém, o que as vítimas do bandido não tinham notado era que ele havia conseguido entrar dentro da casa e feito algumas pessoas como refém, o que só foi percebido após um policial a paisana tentar arrombar o portão da casa.

“Todos estávamos nervosos e tentando se esconder quando um outro homem começou a forçar o portão da casa. Houve gritaria, que só acabou quando o rapaz disse que era policial a paisana e que tinha ouvido os tiros. Foi ai que todas as pessoas viram que o bandido tinha entrado dentro de casa e que havia feito reféns”, disse Mayara.

A repórter contou que, ao saber que o bandido havia entrado na casa, temeu pela vida e conseguiu escapar da casa pulando um muro do quintal, se escondendo na residência vizinha.

“Quando eu soube que o bandido havia entrado tive medo e pensei que ele estava lá para tirar satisfação por conta da reportagem. Nisso, eu corri e consegui pular o muro do quintal, caindo em um caco de vidro que estava no chão da casa vizinha. Não liguei para dor e comecei a pedir para entrar na casa, mas a moradora não permitia. Quando me identifiquei como repórter ela abriu e eu consegui me esconder”, relatou Mayara Medeiros.

Minutos após se esconder, a repórter foi informada que o bandido havia conseguido fugir, pulando o mesmo muro que ela. O cinegrafista e o auxiliar também conseguiram escapar do bandido ao correrem para uma rua ao lado no momento em que o criminoso havia entrado na casa.

Para a repórter, a sensação foi de alívio, mas também de preocupação. “Quando soube que o bandido tinha fugido eu sai e consegui ver meus companheiros. Tive que ir em uma unidade de saúde para retirar o caco de vidro do braço e enfaixar o corte. Estou bem, mas fica a preocupação com a nossa segurança”, afirmou Mayara.

Entenda o crime

O velório que iria ser realizado na casa era de um homem que foi assassinado durante uma possível tentativa de assalto na noite do domingo (5).

Segundo a Polícia Militar, a vítima iria para um ensaio de uma quadrilha junina e estava em frente a uma casa com um grupo de pessoas no bairro Monte Santo, quando dois homens chegaram e anunciaram o assalto. Testemunhas relataram que o homem fez um movimento para tirar a carteira da cintura para dar aos criminosos quando um dos bandidos efetuou um disparo, atingindo a vítima.

O rapaz ainda foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma em Campina Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.  



Por Halan Azevedo