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Ataques com seringas são investigados; suspeito pode ficar preso por até quatro anos

A Polícia Civil está investigando o caso da professora que denunciou ter sido ferida com uma seringa dentro de um ônibus, na última sexta-feira (20), em João Pessoa. 

Ainda não há suspeitos do crime e o veículo coletivo onde ocorreu a agressão não possui câmeras de segurança. 

A informação foi repassada ao Portal Correio pela delegada Desirée Vasconcelos, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, onde a vítima prestou queixa.

Segundo a delegada, o suspeito, assim que identificado, responderá pelo crime de periclitação da vida e da saúde, em que o agressor expõe a vítima a perigo. Dependendo do artigo em que ele for enquadrado, a pena pode chegar a quatro anos de prisão.


“Tudo vai depender da situação da vítima. Se ela chegar a ser infectada por alguma doença, o suspeito será enquadrado no artigo que trata de perigo de contágio de moléstia grave, cuja pena varia de um a quatro anos de prisão. Se ela não tiver contraído alguma doença, ele responderá no artigo que trata de perigo para a vida ou saúde de outrem, cuja pena vai de três meses a um ano”, explica Desirée Vasconcelos.

A delegada informou que a polícia já abriu investigação para identificar o homem que atacou a mulher. Ela ressaltou ainda que é muito importante que vítimas de ataques parecidos com o sofrido pela professora procurem uma delegacia. Ela também orientou que vítimas procurem um centro de saúde para realizar exames e tomar medicações.

Depois do ataque – que aconteceu em um ônibus da linha 3510 – Bancários/Pedro II/Epitácio – a professora procurou atendimento no Hospital Clementino Fraga, referência no tratamento de doenças infecto-contagiosas, e já iniciou tratamento para evitar transmissão do vírus HIV, hepatite ou outras doenças.

Ela já recebeu vacinas e tomará um coquetel anti-HIV por 28 dias e, em seguida, passará por testes que confirmem ou descartem a transmissão do vírus. Ao Portal Correio, a diretora do Clementino Fraga, Adriana Teixeira, disse que acredita que o contágio de doenças será evitado, caso na agulha usada pelo agressor tivesse mesmo alguma substância prejudicial ao organismo. 

Além da professora, um funcionário de um hospital da Capital foi alvo de ataque parecido, na segunda-feira (23). Ele também passa por tratamento.  



Por Amanda Gabriel