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PF indicia empresário da Paraíba por atuação em esquema de compra de Medidas Provisórias

O empresário paraibano Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente da montadora de veículos Caoa, foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no esquema de compra de Medidas Provisórias (MP) investigado na Operação Zelotes. 

Segundo as investigações, o executivo teria se beneficiado com a prorrogação de incentivos fiscais para montadoras concedida por Medidas Provisórias aprovadas nos governos de Lula e Dilma Rousseff.

No entanto, o indiciamento não comprova que o paraibano realmente participou do esquema, mas sim que a polícia encontrou indícios suficientes para recomendar que o Ministério Público o investigasse. As provas reunidas pela Polícia Federal serão analisadas pelo Ministério Público Federal, que pode ou não apresentar a denúncia ao Judiciário.

Outras 18 pessoas foram indiciadas, entre elas o ex-diretor de comunicação do Senado Fernando Cesar Mesquita, a ex-secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e da Receita Federal, Lytha Spíndola, bem como os dois filhos dela.

Também estariam envolvidos no esquema, conforme apontaram as investigações, os executivos Paulo Arantez Ferraz e Eduardo Souza Ramos, da MMC Automotores; os sócios da consultoria Marcondes & Mautoni, Mauro e Cristina Marcondes; e os lobistas José Ricardo da Silva e Alexandre Paes dos Santos.

Todos os indiciados negam envolvimento no esquema, que, segundo a Polícia Federal, envolveu crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, e associação criminosa.







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