O sensor foi desenvolvido pelo Grupo de Nanomedicina do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), em parceria com o Hemocentro da USP de Ribeirão Preto. Ele possui uma partícula de ouro que é envolvida com a jacalina, retirada da semente da fruta, e a substância natural se liga aos açúcares liberados pelas células com leucemia.
“Ele tem um circuito elétrico e você tem material biológico ali já ancorado nessa fita. Depois de entrar em contato com o sangue do paciente, é ligado em uma caixinha para que você veja a resposta elétrica, que é transformada em uma informação visual para o paciente”, explicou o professor Valtencir Zucolotto.
“Tentar identificar empresas, iniciativa privada que tenha interesse em transformar essa tecnologia em um produto, e aí então a gente pode trabalhar em parceria com essas empresas para que, quem sabe em breve, a gente tenha esse produto disponível”, disse Zucolotto.
Importância
Atualmente, o diagnóstico da leucemia é feito por meio de vários exames e o resultado dos testes pode demorar até um mês, tempo que coloca em risco os pacientes.
“Em um intervalo curto de tempo, dependendo do tipo de leucemia, as células doentes, as células leucêmicas podem ocupar toda a medula óssea e fazer com que pare a produção de células saudáveis”, contou o médico hematologista Marcus Bizarro.
“Assim, dentro de um prazo curto, às vezes de uma semana, duas semanas, uma pessoa que hoje está estável pode desenvolver infecções oportunistas, hemorragias graves e pode inclusive vir a óbito em um prazo bastante curto, sem que a gente tenha tempo hábil de começar o tratamento”, completou.
G1.