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Médicos paralisam por dois dias em João Pessoa e MP quer garantir atendimento. LEIA!

Médicos paralisam por dois dias em João Pessoa e MP quer garantir atendimento
O Ministério Público da Paraíba quer garantir os 30% de atendimentos médicos para a população, previstos por Lei, durante paralisação deflagrada pela rede municipal de Saúde de João Pessoa, nesta quinta-feira (23). 
Para isso, a promotora da Saúde da Capital, Maria das Graças Azevedo e o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed/PB), Tarcísio Campos, devem se reunir nesta tarde, a partir das 16h, na Promotoria, em João Pessoa. De acordo com o Simed, deixaram de serem feitos nesta quinta-feira cerca de 500 atendimentos. 
De acordo com promotora da Saúde, Maria das Graças, o MP pretende se oferecer para intermediar as negociações dos médicos com a Prefeitura de João Pessoa, além de garantir o número mínimo de atendimentos de emergência, principalmente, no Hospital Ortotrauma de Mangabeira.

"Nosso objetivo é buscar uma conciliação, quem sabe até, conseguir suspender essa paralisação durante o processo de negociação", afirmou a promotora, lembrando que a população é a maior prejudicada com a manifestação da categoria, cuja reivindicação não consiste apenas no reajuste salarial e em melhores condições de trabalho, mas também em alterações no PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) da Saúde do município de João Pessoa.
Segundo a Secretária de Saúde, Mônica Rocha, a Prefeitura tem mantido um diálogo constante com os profissionais da rede municipal de saúde e com representantes dos Sindicatos dos Médicos da Paraíba. 
De acordo com a gestora, a assistência em saúde da população, assim como na rede hospitalar e de urgência e emergência, por meio dos Hospitais, das Unidades de Pronto Atendimento e do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) está garantida pelos equipes de multiprofissionais da rede municipal continuam atendendo normalmente, juntamente com médicos contratados, Residentes e de outros provimentos, como os profissionais do Programa Mais Médicos e do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que reúne 1.343 médicos.
No entanto, o presidente do Simed/PB, Tarcísio Campos, afirmou mais de 500 atendimentos deixaram de acontecer nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas unidades hospitalares, assim como deixaram de ser realizadas 30 cirurgias (15 no Hospital Santa Isabel, 12 no Ortotrauma e três na Maternidade Cândida Vargas) neste primeiro dia de paralisação. 
"Nosso movimento já atinge 90% do percentual de profissionais previsto pelo sindicato", afirmou o gestor, lembrando que a categoria volta a se reunir na noite desta quinta-feira, para avaliar o movimento, discutir novos encaminhamentos e deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado, tendo em vista que as negociações com a Prefeitura não avançam.

 Clickpb / Foto: Divulgação-Google