O conselheiro fiscal do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Eurípedes Mendonça, destacou a importância dos médicos pediatras colaborarem com a busca por crianças desaparecidas.
Segundo ele, durante uma consulta médica é possível identificar se a criança não está no convívio da família ou sofre maus tratos e, caso confirmado, comunicar às autoridades competentes. No Brasil já ultrapassa 250 mil casos.
Eurípedes Mendonça lembrou que, tradicionalmente, o segmento infantil adoece com mais frequência do que a população adulta, pois o sistema imunológico não está completamente desenvolvido. O fato faz com que os responsáveis recorram com frequência aos serviços de saúde.
"O sistema respiratório da criança, por exemplo, só está completamente formado a partir dos sete (7) anos de idade, por isso que é muito comum problemas respiratórios", lembrou, acrescentando que é nessa hora (na procura pelo tratamento) que entra a figura do médico.
"Facilmente, o profissional de saúde pode identificar algo de errado na hora da anamnese (entrevista), quando o médico pede informações sobre o histórico do paciente, se tomou vacinas, se já teve doenças...", explicou.
Outro ponto ressaltado pelo conselheiro paraibano, foi com relação ao fato de não ser mais necessário aguardar um prazo de 24 horas para comunicar as autoridades o desaparecimento de crianças e adolescentes, como acontecia antigamente. "A Lei Federal 11.259/2005, mais conhecida como Lei da Busca Imediata, acabou com a espera. Agora as pessoas podem e devem comunicar imediatamente o desaparecimento", lembrou Eurípedes Mendonça, acrescentando que o início prematuro das buscas é fundamental para o sucesso do trabalho e por isso os CRM's decidiram se unir nessa luta e promover Caravana Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina, com acontece em João Pessoa, nesta segunda-feira (25), quando se comemora o "Dia Internacional da Criança Desaparecida".
Nesta segunda-feira (25), a Caravana Nacional dos Conselhos Regionais de Medicina estará visitando três hospitais infantis de João Pessoa: Arlinda Marques, Amip e Valentina Figueiredo, divulgando o trabalho, conscientizando e mobilizando médicos e outros profissionais da saúde a colaborarem com a busca das crianças desaparecidas, assim como orientar pais e responsáveis sobre como evitar o problema, orientando os filhos a não falar com estranhos, saber o nome e telefone dos responsáveis, por exemplo.
No Brasil, por ano, estima-se que 50 mil crianças somem. Atualmente, cerca de 250 mil casos ainda não foram solucionados. Enquanto que no mundo, esse número chega a 25 milhões.
Lei 11.259/05:
"Artigo 2: A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada IMEDIATAMENTE após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhia de transporte interestaduais e internacionais. Fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificavam do desaparecido".
Disque 100, em caso de crianças e adolescentes desaparecidos.
Fonte: Clickpb
João Filho, Professor efetivo na Secretaria de Educação do Estado da Paraíba e na Secretária de Educação do Município de Conceição-PB. Graduado, Especialista e Mestre em Ensino de História, Graduando em Direito e Jornalismo. 
Erik Figueiredo, Tem pós-doutorado em economia pela University of Tennessee, Estados Unidos. Trabalhou como subsecretario de política fiscal do Ministério da Economia.
Luiz Rosa Filho, Mestre em Letras, pós- graduado em Língua, linguística e Literatura, graduado em Letras, graduando em Direito, e Professor da rede estadual de ensino.
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