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'Vou com ele até o fim', diz mãe de suspeito de matar estudante na Paraíba. LEIA!

Mãe do adolescente suspeito de matar estudante em uma escola de João Pessoa diz que não vai sair de perto dele (Foto: Walter Paparazzo/G1)Mãe do adolescente (à direita) estava com ele quando a polícia o apreendeu  (Foto: Walter Paparazzo/G1)
“Não vou deixar ele agora. Vou com meu filho até o fim”, disse na tarde deste domingo (23) a mãe do adolescente suspeito de ter atirado e matado a estudante Maria Beatriz Souza Santana, de 14 anos, dentro de uma escola em João Pessoa. O adolescente foi apreendido neste domingo e, segundo a mãe, passou as 48 horas em que esteve foragido escondido no mangue da região. “Ele estava sem comer e muito assustado”, diz.
Maria Beatriz foi atingida por três disparos de armas de fogo dentro de uma escola pública de João Pessoa na sexta-feira (21), foi socorrida, mas morreu no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde chegou a passar por cirurgia. Ela foi enterrada no cemitério Santa Catarina, no Bairro dos Estados, na capital, na tarde do sábado (22), quando uma multidão, formada por amigos, familiares, policiais e curiosos, esteve presente para se despedir da menina.
A mãe do suspeito declara que não sabia do namoro do filho com a vítima, fato que está sendo investigado pela polícia como uma das possíveis motivações para o crime. A arma usada por ele não foi encontrada pelod policiais, o adolescente diz que ela foi jogada no mangue, mas a polícia investiga se ela não pertence a algum traficante com quem ele teria relações. Até as 17h (horário local) o adolescente seguia sendo ouvido pela juiza de plantão Thana Michelle Carneiro Rodrigues.
Multidão esteve presente no enterro da adolescente (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)Multidão esteve presente no enterro da adolescente
(Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
De acordo com a polícia, o jovem foi encontrado em um escritório de advocacia que funciona na avenida João Machado, no Centro de João Pessoa, na tarde deste domingo. Ele estava acompanhado da mãe e de outros familiares, além de um advogado, e não resistiu à apreensão. No momento em que foi localizado pela polícia, ele estava com a pele ainda manchada pela tinta usada para pintar o cabelo de preto.
Durante o procedimento cirúrgico, ela sofreu três paradas cardio-respiratórias. Em duas delas, a equipe conseguiu reanimá-la, mas a adolescente não resistiu à terceira.Entenda o caso
Segundo a Unidade de Polícia Solidária (UPS) do bairro, o estudante entrou armado na escola e, na hora do intervalo das aulas, foi até a adolescente e disparou três vezes. Ela foi atingida pelos três tiros no abdômen e no tórax e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o diretor da unidade, dois tiros determinaram a morte da menina: um no tórax, que perfurou os dois pulmões, e um no abdômen, que atingiu diversos órgãos do sistema digestivo.

Motivações
A polícia investiga duas informações que podem ajudar a explicar o caso. De acordo com o superintendente de Polícia Civil na Região Metropolitana, Wagner Dorta, colegas da vítima e do suspeito contaram que eles já tinham namorado, mas a polícia também identificou que o jovem já foi detido por tráfico de drogas. Segundo Dorta, o rapaz chegou a apontar a arma para a vice-diretora da escola antes de conseguir fugir do local.

Do G1 PB com Meiry Alves