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Morte de criança é mais um atestado da precariedade da saúde pública de Piancó. LEIA!

Há pouco menos de um mês, uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foi inaugurada no hospital regional de Piancó, mas, sem condições de funcionar por falta de equipamentos para exame, medicamento e especialistas, a UTI tem sido mais sinônimo de morte do que de vida. Conforme vereadores da oposição, várias pessoas já morreram no hospital nos últimos 28 dias.

Há casos também de pacientes que passam pelo hospital e, sem o tratamento adequado, terminam morrendo a caminho de Patos. Foi o caso de uma criança de dois anos vitimada por uma infecção generalizada: a menina faleceu na tarde dessa quarta-feira, 22, dentro de uma ambulância do Samu, depois de passar pelo hospital regional na véspera, e ter seu quadro agravado no infantil, que também é precário. Os familiares da vítima, que residem no sítio Volta, município de Piancó, estão inconformados.

A menina passou pelos dois hospitais da cidade e, sem receber tratamento adequado por falta de estrutura médica e técnica, teve o seu quadro clínico agravado, e pior: só foi transferida quando já não havia mais jeito. Três quilômetros depois de deixar o hospital, veio a óbito, mais uma morte que poderia ter sido evitada se a primeira vez ela foi levada ao hospital, um dia antes, os médicos tivessem diagnosticado o problema e encaminhado a criança imediatamente a Patos ou Campina.

Nessa quarta-feira, a oposição protocolou denúncia no Ministério Público e quer que a promotoria apure a grande mortandade hospitalar que tem sido registrada nas últimas semanas no município, resultado, segundo ela, da precariedade dos hospitais da cidade, especialmente o regional, onde o governo inaugurou uma UTI na véspera do primeiro turno com fins eleitoreiros e essa brincadeira já acabou com a vida de muita gente, conforme um dos vereadores oposicionistas.


FolhadoVali