O processo de registro da patente começou em 2005 no Brasil.
Laboratórios que quiserem usar o método desenvolvido na Fiocruz terá de pedir de autorização da instituição, que poderá ser remunerada por isso. A invenção será protegida por 20 anos.
O método de desenvolvimento de vacinas patenteado se baseia na modificação do código genético do vírus que transmite a febre amarela para ser usado no combate de outras doenças.
Ao vírus da febre amarela é introduzida uma pequena partícula de outro vírus viva, mas atenuada, ou seja, sem capacidade para desenvolver a doença que é transmissora.
Com o vírus geneticamente modificado, os pesquisadores preveem introduzir em pacientes uma determinada quantidade do outro vírus, com o objetivo que as defesas dos seres humanos possam reconhecer os patógenos e estabelecer um padrão para combatê-los, ou seja que desenvolvam defesas.
Como resultado deste processo se obtêm os "vírus recombinados", capazes de ensinar o sistema imunológico dos pacientes a reconhecer outras infecções.
Nos testes clínicos com estes animais, que são realizados nos Estados Unidos, se combinou o código genético do vírus da febre amarela com o do VIS (vírus de imunodeficiência em símios), que nele tem um efeito similar ao da aids nos humanos.
Quando a vacina desenvolvida com este método foi aplicada nos macacos, seu sistema imunológico aprendeu a reconhecer os patógenos do VIS e suas defesas atuaram de uma forma mais eficaz sobre a doença.
Esta tecnologia foi criada pela chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivirus da Fiocruz, Myrna Bonaldo, e pelo pesquisador do Instituto de Tecnologia em Inmunobiológicos da fundação, Ricardo Galler.
No segundo semestre de 2012, a Fiocruz começou a testar em seres humanos um remédio para tratar a aids em crianças, uma doença que, segundo dados oficiais, entre 1980 e 2010 afetou 14 mil menores de 13 anos, que, em sua maioria, o herdaram de suas mães durante a gravidez ou no momento do parto.
UOL