A reportagem flagrou várias ambulâncias na porta do Trauma de Campina.
A reportagem flagrou várias ambulâncias na porta do Trauma de Campina Grande e ouviu o desabafo de pacientes e socorristas do SAMU.
Morte
No começo de julho, a retenção de macas levou à morte de um senhor em Campina Grande.
“Perdi meu pai. Eu não gosto nem de pensar. Eu me humilhando, entendeu? E só escutando, só escutando, escutando... E nada. Pedindo ambulância”, conta Francisco Rodrigues Filho, filho da vítima.
O drama dessa família começou quando o pai de Francisco teve um infarto em casa. A primeira a ligar para o Samu foi a nora.
Nora: Ele tá sentindo muitas dores.
Central do Samu: Senhora, olha. No momento eu tô sem nenhuma ambulância. Sem UTI móvel, sem unidade básica. Eu tenho algumas com maca presa no Hospital de Traumas e as outras estão em ocorrência.
A família esperou três horas e desistiu.
O seu Francisco foi trazido para o hospital, que, além de Campina Grande, atende a mais de 270 municípios de quatro estados diferentes. É o único hospital de referência da região.
Todas as macas retidas
Culpa do SAMU
O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Sousa, que as macas ficam presas, porque o Samu manda pacientes para lá que poderiam ir para unidades mais simples e não avisa os médicos.
“Na medida em que você tem uma ambulância direcionada a qualquer serviço sem ter a regulação médica, sem preparar o hospital, obviamente que essa ambulância, ela terá que esperar a liberação da maca. Essa responsabilidade não pode ser do hospital, ela não deve ser do hospital. É como se você tivesse preparado para receber cinco pessoas na sua casa para almoçar e chegar 50”, afirma o secretário.
Hermano rebate o secretário: “Eles acham que a gente sempre coloca o paciente lá, o que não é uma verdade. Nós trabalhamos aqui com uma grade de referência hospitalar. A gente tenta poupar a todo momento, colocar paciente que pode ficar em outro hospital ao invés de colocar lá no trauma”, afirmou.
Violência
Já no Jornal “O Globo”, trouxe reportagem sob o titulo “Violência sem trégua” indicando que, ao invés de reduzir, cresceu o índice de homicídios no Brasil onde aponta a Paraíba como o segundo Estado que mais piorou no enfrentamento à violência ficando acima de Sergipe, Minas Gerais e Bahia.
Segundo a reportagem, a taxa de homicídios cresceu de 24,3 para 39,3%.
WSCOM com Fantástico